Sábado, 18 Janeiro 2025
BRASÍLIA – A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou ontem a mudança da numeração dos celulares, que passarão a ter nove dígitos. Em São Paulo, a mudança ocorrerá em até dois anos. No país, a agência ainda definirá o cronograma. Até lá, diversas medidas paliativas vão aumentar a oferta de números que já estão em falta em São Paulo.

A medida favorece a Oi, que começou a atuar em telefonia móvel em São Paulo no fim de 2008. Hoje, a operadora conta com 18% de participação de mercado na Grande São Paulo e com 13% no Estado. Recentemente, o presidente da operadora, Luiz Eduardo Falco, disse que teria de cortar clientes pré-pagos que não fazem recarga antes do tempo previsto para atender novos clientes em São Paulo.

Atualmente, a operadora mantém clientes sem recarga (inativos) por seis meses. Segundo a Agência Folha, a operadora Oi já estaria com um déficit de 1,5 milhão de números em São Paulo, algo que impede seu crescimento.

As demais operadoras têm reserva de números, o que garante uma margem de segurança.

MUDANÇAS

A medida mais imediata será diminuir a quarentena dos pré-pagos que ficam até seis meses sem recarga. A quarentena é um período de adaptação para que um número desativado não caia imediatamente no domínio de outro cliente.

Outra medida, e mais impactante, é acrescentar um nono dígito nos números do país. Essa medida, que levará as teles a investir R$ 300 milhões em sistemas de informática, deverá ser cumprida pelas empresas em até dois anos em São Paulo.

Depois, a agência vai estabelecer um cronograma para todo o país adotar o nono dígito nos números de celular. A agência aprovou ainda uma mudança no compartilhamento de números da telefonia fixa com celulares.

Alguns números de celulares vão começar com 5 – até então exclusivo dos telefones fixos. Com isso, serão liberados 6,9 milhões de novos números.

Com essas medidas, a Anatel deixou de lado o plano de adotar novo código para a Grande São Paulo, o 10, que iria dividir espaço com o 11. A medida só foi defendida pela Oi e custaria investimentos de R$ 150 milhões.

O prefixo 11 é usado hoje por 35 milhões de pessoas, sendo que a disponibilidade é de 37 milhões. Com a mudança, serão 370 milhões.

Fonte: Jornal do Commercio

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