Sábado, 18 Janeiro 2025

Na sentença que condenou o goleiro Bruno e seu amigo Macarrão por manter Eliza Samudio em cárcere privado, em outubro de 2009, o juiz Marco José Mattos Couto, da 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá, chama o atleta de covarde e questiona até quem seria vítima de quem na relação entre ele e a ex-amante. O magistrado lamenta ainda que crianças já o tenham visto como ídolo durante um período da sua carreira.

Bruno foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão por cárcere privado, lesão corporal e constrangimento ilegal. Macarrão foi condenado apenas por cárcere privado, com pena de 3 anos. Procurados pelo G1, seus advogados informaram que vão recorrer da decisão.

’Aventura amorosa inconsequente’, diz juiz sobre relaçao com Eliza
“A culpabilidade é exorbitante na medida em que se percebe que é absolutamente reprovável a conduta do réu, já que praticou os crimes que ensejaram a sua condenação com o propósito de se ver livre do status de pai que não desejava desempenhar. Ora, se o réu optou por uma aventura amorosa inconsequente, cabia-lhe arcar com as responsabilidades que dela decorreram, e não agir como de fato agiu.

Ao conhecer a vítima em determinado evento (uma orgia na versão do réu ou um churrasco na versão da vítima) e optar pelo sexo irresponsável, não lhe cabia fazer o papel que fez ao saber da gravidez da vítima. A sua covardia, pois, impõe resposta penal adequada. É certo que o réu não tem maus antecedentes. Mas a sua personalidade, diante do que ficou apurado, revelou-se criminosa. O réu juntou-se a supostos ‘amigos’ e, então, foram fazer pressão para que a vítima provocasse aborto. Não é tal conduta que se espera de um cidadão de bem”, diz o documento.

Fonte: G1

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