Domingo, 19 Janeiro 2025

SÃO PAULO - Os acionistas do Banco PanAmericano escolheram sexta-feira o novo Conselho de Administração da instituição, que passará a ter 11 integrantes (antes eram 13).

A presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Coelho, vai presidir o Conselho e o vice-presidente será Otto Steiner Junior.

Os demais nomes eleitos para membros efetivos do Conselho de Administração são: Marcos Roberto Vasconcelos, Celso Antunes da Costa, Marcio Percival Alves Pinto, Fabio Lenza, Marco Antonio Belém da Silva, Renato Pasqualin Sobrinho, Roy Martelanc, Marcos Antonio Macedo Cintra e Antonio Carlos Saraiva.

Venda antecipada

A diretoria do Panamericano vendeu quase R$ 1 milhão em ações do banco entre setembro e outubro, enquanto a investigação sobre o rombo na instituição já estava em andamento, segundo documentos enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O caso só veio à tona em 9 de novembro.

Todas as oscilações estão sendo investigadas pela autarquia, que apura irregularidades no caso, incluindo o uso de informação privilegiada por parte de investidores, o que é crime contra o mercado de capitais. Em setembro, foram R$ 241 mil vendidos e, em outubro, R$ 725,9 mil.

Também na sexta, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, voltou a defender que a quebra de instituições financeiras gera prejuízos não apenas para o dono, mas também para toda a sociedade e para o País.

Ao lembrar da quebra de instituições financeiras nos Estados Unidos na crise de 2008, Meirelles argumentou que "o problema do banco é que, quando ele quebra, não dá prejuízo só para o dono do banco, dá prejuízo para o país, para a sociedade". Nos Estados Unidos, segundo ele, a crise gerou um custo à sociedade de cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB).

Em seguida, Meirelles observou que recentemente "o sistema financeiro deu um sinal com o PanAmericano, quando o banco teve uma perda interna que foi totalmente coberta". "Instituições funcionaram muito bem. Isso seria uma ameaça há alguns anos", comentou, ao afirmar que o Brasil tem, hoje, mais resistência às crises, sejam externas ou internas.

Fonte: DCI

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