Quinta, 25 Abril 2024

Os pernambucanos não conseguiram ocupar todas as 8.326 vagas oferecidas nos cursos gratuitos do 5º ciclo do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás (Prominp). Quase um terço (28%) das oportunidades deixaram de ser preenchidas porque os candidatos não conseguiram alcançar a nota mínima de dois pontos nas provas de português, matemática e raciocínio lógico. O resultado, que escancara a debilidade da educação básica no Estado, acende o sinal amarelo para o governo e deixa as empresas em polvorosa diante do evidente apagão de mão de obra que se desenha.

O 5º ciclo do Prominp teve 68.539 inscritos e só conseguiu aprovar 6.003 candidatos. Isso quer dizer que 2.323 vagas deixaram de ser preenchidas. O levantamento foi realizado pelo JC, que fez a contagem dos aprovados, curso a curso (num total de 23), para consolidar as informações. A reportagem vinha tentando obter os resultados junto à Petrobras desde a última quinta-feira, quando foi divulgada a lista dos aprovados, mas (numa atitude recorrente) a empresa não repassou os dados solicitados.

As vagas que ficaram em aberto são todas nos cursos de nível básico, enquanto as oportunidades nos cursos de níveis médio e superior foram todas ocupadas. O curso de montador de andaime foi o que teve o pior desempenho, com 768 vagas ofertadas e apenas 109 preenchidas (veja quadro ao lado). A maioria dos cursos básicos exige ensino fundamental completo, com exceção de pintor, que pede apenas fundamental 1.

O professor de economia da Universidade Federal Rural de Pernambuco Moisés Cavalcanti diz que o resultado não foi uma surpresa. “Essas deficiências se arrastam há décadas. É um atestado de que o capital humano do Estado não possui habilidades elementares exigidas de quem tem uma educação básica. Com o não preenchimento das vagas e a necessidade de mão de obra qualificada se multiplicando, o que deve ocorrer é um aumento da importação de profissionais”, pondera.

O assessor de gabinete da Secretaria de Educação, Genilson Marinho, que falou no lugar do secretário, que acompanhava o governador em viagem a Brasília, afirma que o governo do Estado tem feito sua parte para melhorar a qualidade da educação. “Existe uma herança maldita desse fracasso escolar, mas é clara a mudança da educação na atual gestão”, defende, citando investimentos de R$ 350 milhões na melhoria da rede escolar, programas de qualificação dos professores e ampliação no número de escolas integrais. Mas ainda falta muito caminho a percorrer para Pernambuco apresentar um boletim com nota azul.

Fonte: Jornal do Commercio

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