Domingo, 19 Janeiro 2025

O Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural) estima oferecer nos próximos anos 212.638 vagas em cursos gratuitos de qualificação profissional, como forma de atender às demandas do mercado previstas nos investimentos do Plano de Negócios 2010-2014 da Petrobras. Deste total, cerca de 28 mil vagas foram oferecidas em processo seletivo realizado em outubro último.

O anúncio foi feito pelo coordenador executivo do Programa, José Renato Ferreira de Almeida, durante o 7º Encontro Nacional do Prominp, realizado em Porto Alegre (RS) com a presença de cerca de 500 empresários do setor de petróleo e gás. Almeida explicou que o novo quantitativo, que amplia em quase cinco mil vagas o total antes projetado com base no Plano de Negócios 2009-2013 da companhia, é resultado da ampliação dos investimentos da Petrobras.

O coordenador do Prominp frisou que os investimentos anunciados pela Petrobras para o período 2010-2014, da ordem de US$ 42,5 bilhões, representam oportunidade única para expansão e consolidação das atividades do setor, tanto no que se refere à formação de mão de obra, quanto no que se refere ao aumento da participação do conteúdo nacional na atividade.

Dados consolidados recentemente revelam que, entre 2003 e 2010, a evolução do conteúdo nacional no setor de petróleo e gás saltou de 57% para 75,6%. Esse desempenho representou US$ 21,5 bilhões em encomendas adicionais e a geração de mais de 875 mil postos de trabalho.

Conteúdo local - A meta de ampliar a competitividade da cadeia nacional de fornecedores da indústria de petróleo e gás foi anunciada ontem como um compromisso de governo pelo secretário de Petróleo, Gás e Combustíveis Renováveis do Ministério das Minas e Energia, Marco Antonio Martins Almeida, durante a solenidade de abertura do 7º Encontro Nacional do Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás), que termina hoje em Porto Alegre (RS).

Ele informou que o governo está monitorando as metas de evolução do conteúdo local por módulos de licitação e que, no momento, está sendo realizada a apuração das primeiras rodadas. O secretário disse que também está em elaboração a metodologia de apuração do conteúdo local no regime de partilha. Para tanto, já foram feitas reuniões com BNDES, Petrobras e ANP (Agência Nacional de Petróleo), e estão em fase inicial as discussões com as entidades de classe.

Para Almeida, é fundamental que as empresas mundiais de petróleo participem intensamente do atual momento de expansão dos investimentos no setor, trazendo fornecedores e tecnologia e, acima de tudo, tendo lucro na atividade. “Essa participação ampliará a competitividade de nossas bacias e ajudará a consolidar o processo de desenvolvimento da indústria local”, acrescentou.

Ao lembrar que o momento é não só de expansão do setor de petróleo e gás no país, mas também de aprendizado, o secretário do MME ressaltou que o Prominp é um importante fórum para discutir os gargalos e compatibilizar problemas com soluções capazes de dinamizar a atividade.

Gargalos - Também no 7º Encontro Nacional do Prominp foi apresentado o estudo inédito sobre a Necessidade de Adequação do Parque Supridor Nacional, que acaba de ser realizado pela Petrobras, BNDES e Universidade Federal do Rio de Janeiro no âmbito do Prominp. O estudo teve por objetivo dimensionar a capacidade de produção da indústria nacional para o setor de petróleo e gás, detectando os principais gargalos da cadeia produtiva e sugerindo propostas de solução para os desafios levantados.

O trabalho, realizado com base na avaliação detalhada de uma centena de empresas representativas do setor, contou com o apoio das associações empresariais ligadas ao segmento de petróleo e gás e verificou o comportamento da indústria com relação à concentração e estrutura de mercado e ao equilíbrio entre demanda e oferta. Também foi avaliado o impacto nos insumos industriais de itens como preço elevado, qualidade do produto, prazo incompatível e importação na produção.

A previsão é que, até maio de 2011, seja concluída a última etapa do estudo com as propostas para solucionar os desafios detectados. Na ocasião, o relatório final será apresentado para a indústria, através das associações, da Petrobras e Governo Federal, para futura aplicação no setor. “De uma forma geral, percebemos que hoje os investimentos em Pesquisa & Desenvolvimento feitos pelas empresas se concentram na área de testes, mas na nossa proposta o esforço deve ser mais direcionado para adaptação e melhoria de processos produtivos”, disse Adilson de Oliveira, professor da Coppe/UFRJ.

Fonte: Fator Brasil

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