Domingo, 19 Janeiro 2025

SÃO PAULO - A fabricante de ferramentas Famastil Taurus, com sede em Porto Alegre (RS), deve manter o nível de importação de aço em 15% do total utilizado em sua produção, até março de 2011. Para a empresa, o aço importado está com o preço muito competitivo no mercado internacional, diferentemente do que acontece com o produto nacional.

"Mesmo que o preço do aço nacional chegue a ficar compatível com os valores praticados globalmente, é interessante para a empresa manter um certo nível de importação para não perder o relacionamento já construído com os fornecedores internacionais", afirma Adriano Tissot, diretor de Operações da Famastil, que é reconhecida nacionalmente pela fabricação de martelos.

Segundo Tissot, a Famastil começou a importar aço de países como China e Coreia do Sul no começo de 2010, quando os preços do aço nacional subiram. No entanto, as importações passaram a fazer parte da política da empresa. A Famastil, que tem negócios na China e em 43 países, elegeu como prioridade manter relacionamento comercial com fornecedores internacionais, depois de um programa de governança corporativa. "O objetivo é garantir o fornecimento."

A empresa planeja fazer investimentos pesados na área industrial no Brasil, com a construção de três novas unidades até o ano que vem. O objetivo é fazer aportes que chegam a R$ 11,8 milhões para ampliar a produção e investir em novos produtos. Em Gramado (RS), a empresa deve fabricar mangueiras e carrinhos de mão voltados para o mercado de construção civil. "O crescimento do mercado de construção civil é uma grande oportunidade para a empresa", afirma Giuliano Tissot, diretor de Marketing da empresa.

Até o segundo semestre de 2011, a empresa pretende alcançar a marca de 14 mil carrinhos de mão ao mês. "Com a nossa força de vendas, somos, neste momento, uma das fábricas de carrinhos de mão mais competitivas e a que tem maior distribuição pulverizada no Brasil", afirma Giuliano. "As fábricas concorrentes no Brasil são muito regionais."

Para ganhar este mercado, a empresa está estudando a possibilidade de abrir uma nova fábrica de carrinhos, idêntica à de Gramado, em Minas Gerais ou na Bahia. "A gente entende que uma segunda linha de produção de carrinhos de mão não vai mais ser criada em Gramado", explica Giuliano. "O frete destes produtos é muito caro. Hoje, existe uma empresa que trabalha para a Famastil que está estudando onde existem incentivos fiscais mais interessantes para ali alocarmos uma nova unidade, como também a melhor localização e área construída."

A capacidade instalada da fábrica de Gramado é de 13 mil carrinhos por mês e a fábrica exigiu um investimento de R$ 2,6 milhões. "Nós estamos falando de 26 mil carrinhos por mês, o que já torna a Famastil um grande player de mercado", afirma Giuliano. "Hoje a fábrica que mais vende carrinhos de mão no Brasil está comercializando cerca de 38 mil carrinhos por mês."

Elétricas

A Famastil elege um novo mercado para aproveitar o aumento do consumo de ferramentas elétricas, que deve crescer 15% ao ano mundialmente apenas por causa do aumento de demanda de substituição da ferramentas manuais.

A companhia traz ao mercado brasileiro, a partir deste mês, uma linha com sete produtos voltados para jardinagem e limpeza. A princípio a participação dos novos produtos deve ser pequena dentro da receita total da companhia; no entanto, segundo Giuliano, "dentro de cinco anos as ferramentas terão uma grande participação no faturamento da nossa empresa".

A começar pelos projetos de ampliação, até o primeiro trimestre de 2011 outros 18 produtos farão parte da linha de ferramentas elétricas, que devem render à Famastil algo em torno de R$ 6 milhões no final do ano que vem. O volume de vendas deve atingir 150 mil unidades em 2011. Os produtos são fabricados na China.

Fonte: DCI

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