Grupo chinês ZTEe a holandesa Nokia terão aportes milionários
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SÃO PAULO - Motivadas pelo crescimento do setor de telecomunicações brasileiro e pelas licitações da Banda H e da faixa de espectro que será utilizada para a telefonia de quarta geração, grandes grupos, como a chinesa ZTE e a holandesa Nokia Siemens, prometem investimentos milionários no País até 2011. A ZTE, que afirma ter visto sua receita bater a casa dos US$ 300 milhões ano passado no Brasil, pretende dispor de aporte superior a US$ 100 milhões no País para montar uma fábrica e atender à demanda das teles por equipamentos de rede e componentes, como o DCI havia antecipado. De acordo com o presidente da empresa no Brasil, Eliando Ávila, o local onde as operações serão instaladas ainda será definido, mas a companhia tem simpatia por montar a fábrica no Estado de São Paulo.
"É uma questão de logística", comenta. Ele também afirma que a empresa pretende produzir celulares no Brasil, uma forma de atender aos pedidos crescentes tanto das operadoras, como do varejo. "É algo que está crescendo muito, e vamos escolher alguns modelos para fabricar aqui", declarou o executivo.
Outra preocupação da empresa para os próximos anos é vender às operadoras móveis brasileiras equipamentos com a tecnologia LTE, usada para fazer banda larga e telefonia de quarta geração. "Estamos prontos para fazer essa tecnologia virar realidade quando houver uma definição da frequência que será usada."
Monitoramento
Também interessada na quarta geração da telefonia brasileira, a Nokia Siemens preferiu adotar uma estratégia de curto prazo focada em soluções para monitoramento das redes das teles. Para isso a empresa vai investir 15 milhões de euros (cerca de US$ 20.6 milhões) na construção de um Centro de Operações de Rede (GNOC), no Brasil.
A ideia é marcar presença na América Latina com serviço com o qual o setor movimenta US$ 10 bilhões por ano no mundo. O tamanho do potencial da região é expressivo, pois só a América Latina fica com aproximadamente 10% deste total.
Mirando este mercado, o projeto da Nokia Siemens deve entrar em operação até o início de 2011 e atender, inicialmente, sete ou nove países, segundo o presidente da empresa para a região, Armando Almeida. "A demanda por estes serviços é muito maior na América Latina do que no restante do mundo."
Atualmente, a empresa afirma que a demanda mundial por serviços de monitoramento de rede está na casa dos 8,1%, porém há lugares onde essa demanda é ainda mais forte, tanto que na região latino-americana a procura por esses serviços, conforme estimativas de mercado, é de 9,2%, o que justifica o interesse da empresa em se posicionar neste segmento.