Segunda, 20 Janeiro 2025

Cerca de 500 clientes e prestadores de serviços da Imbra Tratamentos Odontológicos se uniram, em Ribeirão Preto, para entrar com ação na Justiça contra a empresa, que decretou falência no mês passado e declarou judicialmente ter dívida de R$ 221 milhões.

"Procuramos o advogado e vamos entrar com o processo trabalhista para garantirmos nossos direitos", diz Andrea Leal, dentista que trabalhava como gerente técnica da Imbra na cidade.

O grupo, que possuía 27 clínicas em todo o território nacional e deixou 25 mil clientes sem atendimento no País, funcionava há 11 meses em Ribeirão, em um prédio na avenida Presidente Vargas. Quem prestava serviço para a empresa não sabe o que fazer para orientar quem fazia tratamento dentário no local.

"A clínica está lacrada e não temos nem como pegar os nomes dos pacientes para avisá-los sobre o que ocorreu. Todos fomos pegos de surpresa", diz Andrea.

O dentista Thiago Prado acredita que o número de pessoas lesadas pela Imbra pode chegar a duas mil na região. Ele trabalhou na empresa entre fevereiro e setembro deste ano.

"Pela numeração das fichas de atendimento, já estávamos acima de dois mil pacientes. A Imbra de Ribeirão estava entre as quatro que mais rendiam no País, mas outras tinham problemas e afundaram a empresa", diz Prado.

Consumidor
De acordo com a assessoria de imprensa do Idec (Instituto de Defesa do Comsunidor), quem foi lesado pela Imbra deve constituir um advogado, que noticiará na falência que o consumidor tem crédito a receber da empresa.

Caso o tratamento não tenha sido feito e ainda esteja com parcelas pendentes de pagamento, o consumidor deve procurar um advogado para propor uma ação, com o objetivo de indicar que o contrato não existe mais e requerer, liminarmente, a possibilidade de sustar cheques ou parcelas em cartão de crédito.

"Pelas leis de falência, primeiro serão pagos os funcionários, depois os tributos e em seguida a massa falida será dividida entre os contratantes dos serviços", afirma o diretor do Procon de Ribeirão, José Luiz Pontim.

Prejuízo
Uma das vítimas da Imbra Tratamentos Odontológicos é o advogado Ignácio Crysostomo, de 70 anos. Ele iniciou o tratamento em maio e deu entrada de R$ 7 mil. O resto foi parcelado em dez prestações de R$ 499.

"Assinei o financiamento das parcelas com um banco na empresa. Tenho de continuar a pagar ou meu nome vai para os serviços de proteção ao crédito. Vou ter de pagar por algo que não vou ter."

Fonte: Jornal A Cidade

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