Segunda, 20 Janeiro 2025

São Paulo - Assim como toda a greve que durou 15 dias, os bancários deram um espetáculo de participação na noite dessa quarta-feira 13. Mais de 3 mil trabalhadores foram votar nas assembleias de bancos privados, Caixa e Banco do Brasil e decidiram pela aprovação das propostas que alcançaram grandes avanços para a categoria.

> Reajuste no piso da Fenaban chega a 16,33%
> Combate ao assedio moral fará parte da CCT
> Greve conquista aumento na PLR e adicional

“A Campanha Nacional Unificada 2010 foi vitoriosa e os trabalhadores que fizeram a maior greve dos últimos 20 anos devem ter muito orgulho da luta que foram capazes de fazer e do grande resultado que literalmente arrancaram dos bancos”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Foi um longo processo, iniciado em julho com a consulta feita a mais de 9 mil bancários em São Paulo, Osasco e região. Os trabalhadores apontaram prioridades como aumento real no piso e salários, PLR maior e combate ao assédio moral. Fomos à luta e conquistamos”, destaca Juvandia, lembrando que a primeira proposta da Fenaban falava em reposição da inflação e levou os trabalhadores à greve. “Depois vieram com 6,5%, mas tiveram de se dobrar à forte greve da categoria, chegando à proposta que foi aprovada na noite dessa quarta-feira. Foi a vitória da nossa unidade, da nossa capacidade de participar, porque é a gente que faz a luta todos os dias”, completou a presidenta.
 
Assistencial – A oposição ao assistencial, cuja cobrança (de 2,5% do salário mais R$ 10) foi autorizada em assembleia dos trabalhadores no dia 7 de julho, será feita entre os dias 18 e 29 de outubro, na Quadra dos Bancários (Rua Tabatinguera, 192, Sé) das 9h às 18h. Bancários com cadastro no Sindicato poderão fazer a oposição via internet entre os dias 23 e 29 de outubro.

> Proposta aceita também pelos empregados da Caixa 
> Fim da greve é aprovado pelos trabalhadores do Banco do Brasil 

Proposta - Fenaban
Reajuste
7,5% (aumento real de 3,08%)
PLR
Regra básica de 90% do salário mais R$ 1.100,80 fixos, com teto de R$ 7.181. Caso a distribuição do lucro líquido não atinja 5% com o pagamento da regra básica, os valores serão aumentados até o limite de 2,2 salários, com teto de R$ 15.798
Adicional da PLR
Com a distribuição linear de 2% do lucro líquido, todos os bancários, com exceção dos funcionários do HSBC, receberiam o teto de R$ 2.400 (um aumento de 14,28% em relação ao teto do ano passado, que foi de R$ 2.100)
Vale-refeição
R$ 18,15 por dia
Cesta-alimentação
R$ 311,08 por mês
13ª Cesta-Alimentação
R$ 311,08
Auxílio-Creche/Babá
R$ 261,33 / mês , valido até 5 anos e 11 meses,
com pagamento de indenização
Pisos após 90 dias da contratação
Portaria: R$ 870,84 (reajuste de 16,33%)
Escritório: R$ 1.250,00 (reajuste de 16,33%)
Caixa: R$ 1.709,05 (reajuste de 13,82%)
1º Comissionado: R$ 1.937,50 (reajuste de 16,33%)
Histório Aumento Real
Ano
Reajuste
Inflação
(INPC)
Aumento Real
( INPC)
2004*
8,5% a 12,77%
6,64%
1,74% a 5,75%
2005
6%
5,01%
0,94%
2006

3,5%

2,85%
0,63%
2007
6%
4,82%
1,13%
2008**
10% e 8,15%
7,15%
2,66 e 0,93%
2009
6%
4,44%
1,5%
2010
7,5%
4,29%
3,08%
Obs.: 60% da regra básica e 50% da parcela adicional

* No Acordo Coletivo de Trabalho de 2004/2005, além do reajuste de 8,5%
foi concedido mais R$ 30 para os salários de até R$ 1.500 (exceto os anuênios),
ficando assim alguns salários reajustados em até 12,77%
**No Acordo Coletivo de Trabalho de 2007/2008, o foi concedido reajuste
de 10% para salários até R$ 2.500, e 8,15% para salários acima desse valor
Elaboração: DIEESE Subseção SESE/Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região

Fonte: Sindicato dos Bancários de SP

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