O grupo, que atua da originação e produção ao transporte, conta agora com um terminal para grãos de 10 mil metros quadrados que tem capacidade de armazenamento de 90 mil toneladas de açúcar, soja, milho e farelo de soja.
A expectativa é de que o terminal movimente 2,3 milhões de toneladas de carga por ano. Desde julho, quando começou a operar em período de testes, já foram exportadas mais de 600 mil toneladas de commodities, em especial açúcar.
Deste R$ 1 bilhão constam, além do novo terminal, duas usinas de açúcar e álcool no interior paulista, além de armazéns para estocagem de produtos. O grupo ainda está investindo em uma unidade de esmagamento de soja que será inaugurada em Mato Grosso entre 2011 e 2012, e um terminal de combustíveis no Porto de Itaqui, no Maranhão, que será inaugurado ainda este ano.
A expectativa da empresa é de que o crescimento de seus negócios no Brasil supere a marca de 20% ao ano. "Estamos expandindo nossos negócios no País, procurando novas oportunidades, e com isso esperamos superar a marca de 20% de crescimento anual nos próximos anos. O Brasil nos surpreende muito", comentou.
Brown também frisou que a empresa está investindo no mundo inteiro, o que explica o crescimento do faturamento: de US$ 31 bilhões no ano passado, para os US$ 45 bilhões esperados este ano. "Por conta dessas expansões que estamos experimentando no mundo, nossos números deram um salto: em média, crescemos 20% no mundo", finalizou ele.
Problemas no porto
Mesmo com a expectativa de crescimento de movimentação de carga no Porto de Santos, que saltará dos 83 milhões de toneladas movimentados no ano passado para 95 milhões este ano, a Companhia dos Portos do Estado de São Paulo (Codesp) continua às voltas com os problemas logísticos da área portuária santista.
Ao ser indagado sobre o estudo para retirada das áreas de armazenagem de produtos importados do porto, que chegam a permanecer até 9 dias no porto, o presidente da entidade, José Roberto Serra, afirmou que o estudo existe, e ajudaria muito a operação logística do porto.
"O porto tem de ser entendido como uma área de transito, não uma área de armazenagem. De fato o que estamos estudando é a retirada dessas grandes áreas de armazenagem do porto, e sua transferência a outros locais, para que possamos ter uma logística muito mais eficiente dentro do porto", afirmou ele.
Quanto à falta da estrutura de coordenação em relação a datas e horários de atracação de navios no porto, conhecidas como "janelas de atracação", Serra contou que este é um problema sem solução imediata.
"Janelas de atracação são o que todo navio quer no porto, então janela é o ideal e todo mundo quer, mas nem sempre conseguimos dispor delas por diversas dificuldades; é preciso ter paciência, porque os terminais estão crescendo", despistou ele.
Fonte: DCI