Segunda, 20 Janeiro 2025
A Avantia Tecnologia e Engenharia S.A – empresa pernambucana que há 12 anos oferece soluções tecnológicas para o setor industrial – marca a sua estreia no mercado naval a partir deste ano. Atenta à retomada do setor no País, a companhia fechou parceria com a Samsung Heavy Industries para comercializar, com exclusividade no Brasil, os produtos da gigante sul-coreana. A Avantia vai prestar assessoria técnica na montagem de navios e plataformas de petróleo.

O diretor comercial da Avantia, Eduardo Ferreira Lima, diz que, num primeiro momento, foi criada uma divisão para atender ao segmento dentro da empresa. “Mas a ideia é que num futuro próximo seja criada a Avantia Naval, com status de uma nova companhia”, adianta. Para encampar o novo negócio, equipes de profissionais passaram temporadas na Ilha de Geoje, localizada no Sul da Coreia e que concentra a maior parte dos estaleiros do país. “Nosso maior investimento foi na qualificação dessa mão de obra. Do total de 230 colaboradores que temos hoje, 60 estão dedicados à área naval”.

A nova divisão vai oferecer soluções tecnológicas nas instalações e nos equipamentos dentro dos navios e plataformas. O executivo explica que a automação é um dos exemplos de serviço a ser prestado. “Num navio é preciso ligar e desligar equipamentos, ativar radar, aumentar a potência do motor, abrir e fechar válvulas. E tudo isso não funciona manualmente”, observa Lima. As soluções também se estendem para as áreas de navegação (radares, sonares, GPS e comunicação), além de monitoramento de carga. A Samsung é a segunda maior construtora de navios do mundo e a número um em projetos de maior complexidade técnica.

A Avantia fechou contrato com o Estaleiro Atlântico Sul, no Complexo de Suape, para fornecer tecnologia na montagem dos dois primeiros navios do empreendimento: o João Cândido e o Zumbi. O EAS já era cliente da empresa em soluções para a implantação da indústria. “Também vamos abrir uma filial da empresa no Rio de Janeiro até dezembro para atender aos estaleiros do Sul e Sudeste”, afirma Lima. A expectativa da companhia é que a área naval responda por 40% do negócio, num curto prazo de dois anos. A aposta é no crescimento do setor, respaldado pelas encomendas da Transpetro, que mandou os estaleiros nacionais construírem 49 embarcações, dentro do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) e da exploração do pré-sal, que vai demandar a construção de sondas, plataformas e barcos de apoio. Só o EAS conta com uma carteira de 22 navios para a Transpetro, além do casco da plataforma P-55 para a Petrobras.

Fonte: Jornal do Commercio

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