Engenheiro de oil & gás é a nova nomenclatura do mercado para uma profissão batizada oficialmente de engenheiro de petróleo, cujas atribuições foram definidas pela Resolução número 218 do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea) em 1973. Mas não foi só a mudança de nome que colocou essa carreira em evidência.
O motivo principal é o fato de que a produção de petróleo e gás natural no Brasil ganha cada vez mais importância. “O país deixou o papel de grande importador de petróleo para o de autossuficiente, com um potencial de produção que será bastante ampliado a partir das recentes descobertas de reservas na camada pré-sal”, afirma Eduardo César Sansone, professor do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP).
Perfil ideal
A tendência para os próximos anos é de forte expansão nesse setor, o que aumenta a demanda por profissionais qualificados. Segundo Sansone, para fazer sucesso na área, o engenheiro de petróleo dever ter uma formação geral sólida, incluindo conhecimentos econômicos, sociais e ambientais. “Deve também possuir capacidade de comunicação, liderança e de trabalho em equipe”, observa o professor. Precisa, ainda, estar em contínua atualização profissional.
Profissional deve ter formação sólida, incluindo conhecimentos econômicos, sociais e ambientais
Campo de ação
Todas essas qualidades serão exigidas no dia a dia de trabalho, quando o profissional terá pela frente o desafio de analisar problemas e formular soluções técnicas e economicamente competitivas. As atribuições desse engenheiro estão ligadas à busca de petróleo e de gás na natureza. Ele pode atuar em diversas etapas desse processo: nas avaliações técnicas e econômicas; na perfuração dos poços; no planejamento da produção, retirada do petróleo e do gás do subsolo; na estocagem e transporte desses produtos; e também na recuperação do meio onde ocorreu a produção.
As oportunidades de trabalho podem ser oferecidas por empresas produtoras de petróleo, como a Petrobras ou corporações particulares nacionais e estrangeiras que atuam no Brasil. O profissional também pode encontrar colocação em órgãos governamentais de regulamentação ou em instituições de ensino e de pesquisa.
O engenheiro Gabriel Fernandes Porto, 25 anos, formou-se na área de elétrica, em 2008, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte e no mesmo ano prestou concurso para a Petrobras para atuar como engenheiro de petróleo. “A Petrobras exige formação em qualquer área de engenharia. Depois, a empresa oferece o curso de especialização em engenharia de petróleo”, explica Gabriel. Sua função é fiscalizar as sondas de perfuração de poços contratadas pela estatal. “Tenho uma rotina bem dinâmica, vou onde as sondas estão”, conta.
Formação
Para os interessados em seguir essa carreira, já existem cursos de graduação específicos, como o da Politécnica da USP e o da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Quem já tem formação em engenharia pode procurar a especialização numa pós-graduação”, afirma Marcos Andrioli, coordenador da Global Oil & Gás, escola especializada na formação de profissionais para a área petrolífera, que mantém um curso de pós-graduação em engenharia de petróleo em parceria com a Fundação de Ensino Superior de Olinda (Funeso), Pernambuco.
Fonte: IG