O deputado reeleito Wagner Montes (PDT) assistiu, nesta quinta-feira, ao filme “Tropa de elite 2” e gostou do personagem Fortunato, que também é apresentador de TV e parlamentar. Wagner garante, no entanto, que, ao contrário do corrupto político do mundo da ficção, não tem o apoio da milícia.
— Eu, como muita gente, era receptivo às milícias. Achava que elas podiam ajudar a polícia (no combate a traficantes). Isso aconteceu até as milícias virarem facções e começarem a cobrar de moradores, começarem a extorquir. Mudei de pensamento por volta de 2006. Hoje, combato as milícias — diz Wagner Montes, que foi ver o filme a convite do diretor José Padilha.
O cineasta e André Mattos — o ator que interpretou o personagem no filme — fizeram questão, numa entrevista coletiva após a exibição, de afastar qualquer associação entre o deputado da realidade e o deputado da ficção. No entanto, André Mattos admitiu que, por ser admirador do programa de Wagner Montes na TV Record (“Balanço Geral”), inspirou-se nos trejeitos do deputado da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) para compor “Fortunato”.
— Eu ri bastante do filme. Gostei. Só posso ficar honrado porque um superator inspeirou-se no meu programa — disse Wagner Montes, que está acertando a visita de André Mattos ao seu pro$de televisão.
Wagner Montes foi um dos 25 deputados que assinaram o requerimento feito pelo deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), em 2007, para a criação de uma CPI das Milícias. O relatório final da comissão parlamentar foi aprovado, em 2008, no plenário da Alerj, por unanimidade.
Fonte: Jornal Extra