Os prazos serão diferentes conforme a natureza do serviço que o usuário de plano de saúde pretende usar. Naturalmente, as urgências e as emergências terão atendimento imediato. Diagnósticos e atendimento em laboratórios clínicos terão que ocorrer em até três dias.
As consultas básicas não podem demorar mais que uma semana e as consultas em outras especialidades médicas terão que ser realizadas em no máximo 14 dias.
As especialidades de atendimento continuado terão um outro limite: fonoaudiologia, nutrição, psicologia, terapia ocupacional e fisioterapia poderão ser disponibilizados em até 10 dias.
As internações eletivas (marcadas com antecedência) poderão ocorrer em até três semanas, assim como os procedimentos de alta complexidade, a exemplo das cirurgias com implante.
A lista completa de novos prazos, divulgada pela agência, pode ser vista no quadro acima.
De 1.162 empresas de planos de saúde convidadas a participar da pesquisa, 840 responderam às perguntas elaboradas pela agência reguladora. Essas operadoras reúnem 89% dos 42 milhões de consumidores do setor de saúde suplementar. Os dados foram colhidos entre os dias 21 de junho e 5 de julho passados.
Os resultados da pesquisa foram divulgados na manhã de ontem, em um evento organizado pela agência em São Paulo.
Segundo o órgão regulador, os dados do levantamento, com o tempo médio de atendimento e o que as empresas consideram um tempo razoável de atendimento, ajudaram a formular as novas regras.
Em comunicado, a ANS entende que se as operadoras de convênios médicos não conseguirem atender os usuários dentro dos novos limites, pode estar caracterizada a existência de problemas assistenciais nessas empresas.
Em um levantamento independente, divulgado mês passado, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) mostrou que 88% das pessoas que participaram da pesquisa tiveram dificuldades para marcar consultas e outros procedimentos médicos. Na pesquisa, o Idec constatou demoras de até seis meses para consultas com cardiologistas e até dois meses para atendimento por ginecologistas.
Fonte: Jornal do Commercio