Terça, 21 Janeiro 2025

Quando o tradicional Hotel Glória, que está sendo reformado pelo grupo EBX, do empresário Eike Batista, reabrir as portas, no fim de 2011, terá recuperado o brilho da fachada original, de 1922, mas deixará uma lacuna no cenário cultural da cidade.

O Teatro Glória, que funcionava desde 1970 no anexo do edifício, deixará de existir.

Em nota, a EBX informou que está analisando estudos de contrapartida para compensar o fim do teatro.

Não está descartado um novo empreendimento, provavelmente na Marina da Glória, que também está sendo revitalizada.

A notícia de que o Teatro Glória não seria reaberto pegou de surpresa produtores culturais.

Bianca de Felippes, uma das diretoras da Associação de Produtores do Teatro do Rio, lamentou o fim do Glória.

- É uma tristeza quando um palco é fechado.

O Rio tem poucas opções, obrigando quatro, cinco peças a dividirem o mesmo teatro.

Temos que ter espetáculos às 23h, às terças-feiras, em dias não tão bacanas de público, porque não há espaço para todos - disse Bianca.

Segundo o subsecretário de Patrimônio do município, Washington Fajardo, o Hotel Glória é preservado, como entorno do Edifício Milton - este sim, tombado.

Por isso, o projeto de restauração do hotel foi analisado e aprovado pela Subsecretaria do Patrimônio Cultural, Intervenção Urbana, Arquitetura e Design.

Segundo Fajardo, foi feita uma pesquisa histórica e iconográfica, que constatou que o Teatro Glória não pertencia ao projeto original.

Por isso, teve sua demolição autorizada para que o prédio principal voltasse a ter seu formato original.

Fonte: O Globo

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