A Cone S.A. – empresa criada pelo Grupo Moura Dubeux (MD) para atuar nos setores de logística e serviços para a indústria – apresentou ontem ao mercado pernambucano o Cone Suape – Condomínio de Negócios, primeiro projeto da nova companhia. Empresários, políticos e representantes de instituições financeiras lotaram o auditório do JCPM Trade Center para conhecer o empreendimento, que vai oferecer soluções integradas para as empresas interessadas em se instalar no entorno do Complexo de Suape. O evento contou com a participação do governador Eduardo Campos e da presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Coelho.
O Cone Suape é formado por quatro unidades de negócios: Multimodal (logística), Multicenter (serviços), Zona de Processamento de Exportações (ZPE) e Plug & Play (áreas prontas para a implantação de indústrias). Com investimento de R$ 1,4 bilhão, a estimativa é que pelo menos 90 empresas se instalem no condomínio nos próximos cinco anos.
O presidente da Cone S.A., Marcos Dubeux, adianta que empresas de vários setores já assinaram memorando de entendimentos para se instalar no Cone Suape. Uma delas é a paulista Tecsis – fabricante de pás para turbinas eólicas –, que poderá complementar a cadeia de produção de equipamentos para o setor, capitaneada hoje no Estado pela Impsa (aerogeradores) e RM Eólica (torres). O executivo explica que uma equipe comercial da empresa vai fazer o atendimento aos empresários interessados na área, inclusive no exterior.
A partir do próximo mês, a companhia inicia as obras de terraplenagem do Cone Multimodal, que vai locar ou arrendar terrenos ou oferecer a opção de galpões e CDs já prontos para as empresas. A plataforma logística vai dispor de uma área de 320 hectares para receber empresas. Sem revelar mais detalhes, Marcos Roberto Dubeux, diz que o preço do metro quadrado para locação deve ficar em R$ 16.
O presidente da Cone, Marcos Dubeux, explica que a proposta do Cone é atrair para o entorno de Suape empresas de terceiro nível (satélites), que vão complementar a cadeia produtiva comandada pelos grandes empreendimentos, a exemplo da Refinaria Abreu e Lima, da PetroquímicaSuape e do cluster naval. “No estudo de mercado que realizamos, constatamos que portos importantes como Itaqui (MA) e Tubarão (ES) não conseguiram agregar essas indústrias em seu entorno, permitindo uma migração para São Paulo”, diz. O projeto do Cone não prevê apenas a locação de áreas, mas uma solução completa que inclui o Cone Concierge – prestação de serviços para facilitar a instalação das empresas, a exemplo de financiamentos bancários, licenças ambientais e provimento de água, energia e gás natural.
O governador Eduardo Campos ressaltou a iniciativa da Cone S.A como um exemplo a ser seguido pelas empresas pernambucanas. “A transposição do conhecimento para o mundo do trabalho não tem que acontecer apenas com a mão de obra. As empresas também precisam se capacitar e apresentar esse novo ciclo da economia de Pernambuco”, alertou.
Fonte: Jornal do Commercio