O delegado Valdir de Oliveira Rosa ouviu, na manhã desta segunda-feira (27), o maquinista e um funcionário do Metrô que estavam na composição onde começou o problema que paralisou o sistema na linha 3 - Vermelha, na última terça-feira (21). As duas testemunhas foram ouvidas na Delegacia do Metropolitano, zona oeste de São Paulo, que investiga o caso.
Em seu depoimento, o maquinista disse que, durante a viagem entre as estações Dom Pedro e Sé, sentido Barra Funda, ouviu um aviso de que havia um problema em uma das portas do trem. O funcionário que estava com ele saiu da cabine e constatou que uma blusa impedia o fechamento de uma das portas. Segundo ele, o objeto foi retirado, mas antes de a viagem prosseguir, o botão de alarme foi acionado.
O maquinista disse à polícia que pensou que poderia se tratar de um problema grave dentro do vagão ou na linha e que, por isso, avisou a situação à central, que desligou a energia do sistema.
Segundo o delegado, o funcionário que estava com o maquinista reafirmou as informações do colega. Além disso, ele disse que não houve tumulto dentro do trem.
Rosa também informou que não há indício de que o problema tenha sido ocasionado propositalmente.
Ainda não se sabe quem será ouvido nos próximos dias. A previsão é de que o inquérito seja encerrado em um mês, mas o prazo pode ser estendido.
A falha na linha-3 Vermelha afetou cerca de 150 mil pessoas na última terça-feira (21). Segundo o diretor do Metrô de São Paulo, Conrado Grava de Souza, ao menos 17 trens foram danificados durante a paralisação.
Na semana passada, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que seria apurado se há relação entre o incidente e a depredação da estação Guaianazes da CPTM, no último dia 15 de setembro.
Diante do problema, o governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), chegou a dizer que estava preocupado. Ele afirmou que desconhece se o problema que afetou a circulação foi “casual” ou “motivado”.
Fonte: Agência Record