Terça, 21 Janeiro 2025

A Equipalcool foi uma das pioneiras na contratação de soldadoras. Agora, o mercado se rende as mulheres argumentando que elas são mais sensíveis e cuidadosas na soldagem.

Até 2010 muitas mulheres já passaram pelo SENAI - Serviço Nacional Aprendizagem Industrial, de Sertãozinho, em busca de um mercado até pouco tempo 100% ocupado pelos homens.

Funções como soldagem, mecânica e instrumentação eram um território estritamente masculino, mas, de uns tempos para cá tem atraído cada vez mais as mulheres.

Mas, e o mercado como tem reagido a entrada das mulheres na linha de fábrica?

De acordo com Pedro Araujo, coordenador de cursos ressarcidos do Senai de Sertãozinho, as empresas estão abrindo suas portas e buscando essas profissionais. “Além da procura das mulheres em aprender mais sobre o setor, as empresas sertanezinas tem buscado essas profissionais que estão aceitando e gostando do desafio”.

E para comprovar essa realidade, Ademir Edson Vieira, gestor de pessoas da Equipalcool, garante que essas profissionais tem mercado sim. “Estamos satisfeitos com a mão de obra feminina, visto que a Equipalcool foi a primeira empresa a abrir suas portas para soldadora. Até o momento já foram contratadas na empresa, desde a primeira contratação, 12 mulheres trabalhando diretamente na linha de produção, tanto na área de solda quanto no PCP e Controle de qualidade. Atualmente temos quatro mulheres atuando diretamente na solda, salientando que todas elas tiveram crescimento dentro de suas funções, duas delas são soldadoras “A” e duas soldadoras “B”. Temos outras mulheres trabalhando nos setores de Planejamento e Controle da Produção, Controle de Qualidade e Expedição.

E continua, “esse número tende a aumentar, visto que elas são mais cuidadosas e perfeccionistas. E, por falta de mão de obra qualificada, a opção mais utilizada atualmente é a mão de obra masculina, uma vez que são raros os currículos de mulheres com qualificação para trabalhar em metalúrgica. Garanto que, se houver, podemos aumentar o quadro efetivo de mulheres na produção”, conclui o gestor.

Essa também é a opinião de Alessandra Bernuzzi, que além de gestora do Planejamento e Inteligência da Equipalcool é diretora da Responsabilidade Socioambiental da Abimaq - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos. “Cada dia que passa as mulheres conquistam mais seu espaço e isso é muito gratificante” enfatiza a jovem empresária. (Adriana Fagundes - Assessora de Comunicação da Equipalcool).

Fonte: Portal Fator Brasil

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