Rio - Um agente penitenciário do Desipe, um vendedor de automóveis e Daniel Max Guilhermino, de 34 anos, morreram e outros dois homens ficaram feridos num assalto a um quiosque na Avenida Litorânea, na Praia de Boa Viagem, área nobre da orla da Zona Sul de Niterói, Região Metropolitana do Rio, na madrugada desta quarta-feira. Armados de fuzis e pistolas, os bandidos abriram fogo contra os clientes após descobrir que um deles estava armado. O local fica a um quilômetro do Museu de Arte Contemporânea (MAC), principal ponto turístico do município.
A ação dos marginais ocorreu por volta das 2h30. Seis homens dividos em dois veículos fecharam a via e anunciaram o assalto a clientes que estavam em um quiosque. Ao perceber que o agente penitenciário Vanderson Santos da Silva, de 33 anos, estava armado, eles abriram fogo contra o grupo. O servidor público e o venderdor de automóveis Leandro Paiva Barbosa, de 38 anos, morreram no local. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil (Sesdec) do Rio, Daniel Max ainda foi levado para o Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói, mas morreu pouco após dar entrada. Mateus Padilha Moraes, de 29 anos, foi baleado na perna direita. Ele permanece internado na mesma unidade e seu estado de saúde é estável.
O motociclista Alexandre Alonso Barbosa, de 50 anos, passava pelo local no momento do crime. Ele tentou voltar na contramão e acabou baleado com dois tiros nas nádegas e um na perna. Mesmo ferido, ele conseguiu pilotar a moto até uma unidade da Marinha, que fica próximo ao local. A vítima foi levada por bombeiros para o Hospital Alberto Torres, em São Gonçalo. Ainda segundo Sesdec, o estado dele também é estável e não há risco de morte. Ele aguarda transferência para um hospital particular.
Após o crime, os bandidos fugiram levando a arma do agente penitenciário, pertences dos clientes e R$ 40 do quiosque. Eles abandonaram a Pajero prata placa KZW-7388. Segundo a dona do veículo, que esteve no local mas não se identificou, ela foi roubada na localidade de Venda da Cruz, na divisa de Niterói com São Gonçalo, cerca de meia hora antes dos crimes. A quadrilha fugiu num Nissan Sentra prata usado no assalto.
A Avenida Litorânea liga o Centro a orla da Zona Sul de Niterói. O local é frequentado por praticantes de esportes e os quiosques frequentados por estudantes do campus Gragoatá da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Comerciante se assusta com a quantidade de tiros
A ação da madrugada desta quarta-feira surpreendeu e assustou moradores do bairro. O comerciante W., de 37 anos, que reside a um quarteirão do local do crime, contou que estava no primeiro quiosque da Avenida Litorânea, com o dono do etabelecimento, e achou suspeita a presença dos dois veículos na via momentos antes do crime.
"Eles passaram por onde eu estava e não pararam. Seguiram lentamente e também passaram pelo segundo quiosque. Quando ouvi os tiros, corri e vi que eles tinham parado no terceiro", relatou.
Ainda segundo W., o local onde ocorreram os crime e a quantidade de tiros disparados surpreenderam. "É inacreditável isso estar acontecendo em Niterói. Principalmente nesta área onde moram políticos, desembargadores. O prefeito, por exemplo, mora a 800 metros daqui", revelou ele, dizendo que diariamente leva o filho de três anos para passear na Avenida Litorânea.
Fonte: O Dia Online