Terça, 21 Janeiro 2025
A ALL (América Latina Logística) apresentou provas técnicas ontem à Polícia Civil que provam a adoção de todas as medidas de segurança que estão no protocolo de aproximação de passagem de nível. Gráficos elaborados com base nos dados transmitidos pelo computador de bordo do trem mostram que a primeira buzina avisando sobre a chegada da composição foi acionada quando o trem estava a 350 metros do cruzamento com a Rua Carioba.

As informações técnicas convenceram o delegado do 1º Distrito Policial, Claudiney Albino Xavier - responsável pelo inquérito - de que o motorista do ônibus 141 da VCA (Viação Cidade de Americana), Alonso de Carvalho, foi imprudente ao ignorar a sinalização. "Os gráficos me surpreenderam. Ficou provado que o maquinista do trem que estava em movimento foi super eficiente ao frear a composição 25 metros antes da passagem de nível quando ele visualizou o ônibus. Os dados apresentados pela ALL mostram que todas as medidas foram adotadas, segundo o protocolo de segurança", afirmou o delegado.

Os gráficos gerados tecnicamente pela aparelhagem do trem apontam ainda que em nenhum momento a composição carregando 7.980 mil toneladas de grãos andou acima da velocidade máxima permitida. "No momento do impacto, o trem estava a 21 quilômetros por hora", disse Xavier.

TRÊS HORAS
Ontem, o delegado ouviu três funcionários da ALL, entre os quais, o maquinista do trem parado no pátio de manobras, Ícaro Munhoz, o maquinista do trem em movimento, Paulo Sérgio Mazarotto, e o coordenador de operações da Unidade Operacional de Itu, Juarez Corrêa.

O depoimento do maquinista da composição que estava estacionada foi apontado como o mais importante, na opinião do delegado, na elucidação do acidente, pelo fato de ele estar parado no local com visão privilegiada dos instantes que antecederam a colisão. Depois de ouvir Munhoz por duas horas Xavier disse que caiu por terra a versão do motorista de trem de que ele não viu a composição estacionada.   

O maquinista disse ao delegado que o trem estava estacionado no mesmo local desde às 20h30, quase três horas antes do acidente. Isso significa que o motorista do ônibus já havia passado pelo trem parado antes do acidente.

O maquinista do trem estacionado disse ao delegado que ouviu, por rádio, às 23h14 - seis minutos antes do acidente - a comunicação entre o maquinista do trem em movimento e o vigilante da guarita que a composição se aproximava. Nesse momento, todo o sistema de segurança sonoro e luminoso estava acionado. "O maquinista confirmou a versão do vigilante, que ele agitou os braços para chamar a atenção do motorista do ônibus. Xavier disse que tem elementos suficientes para indiciar o condutor do ônibus por homicídio culposo (sem intenção de matar).

Fonte: O Liberal

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