Nos dias 28 e 29 deste mês, a Secretaria de Portos (SEP) da Presidência da República e a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) promovem, no Auditório Multimídia do Ed. Findes, em Vitória, o 2º workshop de implementação do Projeto de Incentivo à Cabotagem (PIC).
O evento, aberto aos empreendedores do comércio e da indústria, objetiva a identificação das cargas potenciais comercializadas no Estado e que podem ser transportadas por cabotagem. A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) é parceira do projeto.
Em processo de implementação em todo o país, o PIC consiste na maior integração dos portos regionais. Quatro módulos (workshops) compõem a aplicação e divulgação do projeto em várias cidades portuárias do país. Segundo a SEP, essa dinâmica minimiza o custo da operação e melhora a logística dos portos nacionais.
“Esperamos identificar as cargas potenciais existentes no Espírito Santo e na área de influência do Porto de Vitória, assim como a obtenção da formalização da intenção de participação dos respectivos representantes dos donos das cargas ao PIC”, destaca Luiz Hamilton Lima Mendonça, coordenador Geral de Gestão da Informação da SEP e coordenador do PIC.
Em julho foi realizado no Porto de Vitória o 1º workshop. O 3º encontro (sem data definida) vai apresentar o projeto de cabotagem aos transportadores rodoviários, ferroviários, marítimos e comunidade portuárias, além de definição das regras do negócio pelos interessados em participar do PIC, e formalização da intenção de participação no projeto por parte dos transportadores e atores portuários.
Já o 4º workshop vai promover a adesão dos donos das cargas identificadas para cabotagem ao PIC, e consequente implantação do projeto no Porto de Vitória. O evento ainda não tem data fechada. Mais informações: 3132-7336. A Findes fica na Avenida Nossa Senhora da Penha, nº 2.053, Barro Vermelho, Vitória-ES.
Projeto de Incentivo à Cabotagem (PIC): O objetivo do Projeto de Incentivo à Cabotagem (PIC) é incrementar a cabotagem entre os portos do Brasil, aumentando a participação do modal aquaviário na matriz de transporte brasileiro, a exemplo do que já acontece na Europa. Atualmente, o modal rodoviário concentra 58% do transporte de cargas no Brasil, contra 25% de representação do modal ferroviário e 17% de representação do modal aquaviário.
Crescimento da cabotagem no país: O modal aquaviário é uma alternativa viável para compor a cadeia de suprimentos da economia brasileira, tendo como foco a cabotagem, que é o transporte de mercadorias entre portos do mesmo país, “porta-a-porta”. Dados da ANTAQ indicam que a cabotagem cresceu 111% entre os anos de 2002 e 2008. Esse crescimento se deve principalmente à falta de condições das estradas brasileiras e à questão da insegurança.
Vantagens da cabotagem: A cabotagem apresenta diversas vantagens logísticas e ambientais. Em média, o custo do frete na cabotagem é 10% menor que o custo do frete rodoviário, principalmente porque tem a capacidade de movimentar grande volume de cargas. A cabotagem oferece maior segurança e integridade da carga, além de um menor risco de avaria. Pela cabotagem há ainda um menor custo de combustível (em uma média de 5 litros de combustível por tonelada de carga transportada, o navio consegue percorrer 500 km enquanto o caminhão percorre 100 km) e a modalidade gera menor índice poluição (proporção 4% X 88% comparando-se os modais aquaviário e rodoviário).
Fonte: Assessoria de Comunicação da Codesa