O 1,5 milhão de clientes da Compesa no Estado já conta com o um sistema de impressão de contas na hora da leitura dos dados no hidrômetro. A universalização do serviço, que começou a ser implantado em 2009, foi concluída no mês passado. Através de um smartphone, os dados da medição são encaminhados em tempo real pela internet para a empresa. “Tudo acontece em 33 segundos, enquanto antes o processo todo demorava oito dias”, explica diretor comercial da Compesa, Décio Padilha.
A partir desta inovação, o consumidor ganhou maior prazo para efetuar o pagamento após o recebimento da fatura. Se antes ele tinha apenas cinco dias, agora tem 12. “A Compesa passou a gastar menos com a emissão de faturas. No sistema convencional, cada uma delas custava R$ 1,12. O valor caiu para R$ 0,84. Ganhos como esse se refletem em tarifas mais baratas”, revela Padilha.
Antes da Compesa, a Celpe já havia abolido a medição em papel há cinco anos. Segundo explica gestor de engenharia de telecomunicações da concessionária de energia elétrica, Maurício Lôbo, um moderno sistema de TI instalado na matriz da empresa no Recife permite prever e evitar problemas como a falta energia em determinados pontos de abastecimento.
Através Centro de Operações Integrado (COI), a Celpe monitora variáveis como tensão e corrente em todas as suas 129 subestações espalhadas pelo Estado. “Quando não é possível prever, pelo menos é podemos solucionar o problema mais rápido à distância”, explica.
Um sistema de geotecnologia implantado na Compesa pela Procenge - empresa pernambucana da área de TI - permite identificar com exatidão os locais públicos onde estão ocorrendo vazamentos. Isso porque a atendente da ouvidoria da Compesa passou a dispor de um mapa moderno da cidade para que, conversando com o consumidor pelo telefone, ela possa identificar exatamente onde está ocorrendo o problema. “Isso impede que o mesmo vazamento seja identificado no sistema como dois ou mais problemas diferentes. Ou o contrário: dois vazamentos diferentes serem considerados como sendo o mesmo. Evitamos erros e perda de tempo”, explica José Cláudio de Oliveira, presidente da Procenge.
O sistema foi implantado na Compesa no ano passado, após experiências bem sucedidas da Procenge em cidades como Araraquara, localizada no interior de São Paulo.
A rede de abastecimento de água no Estado utiliza ainda um outro sistema de TI para diminuir as perdas ao longo do processo de distribuição. O projeto funciona desde o ano passado para grandes consumidores da Compesa. Ele é chamado de modelo de telemetria ou de racionalização de consumo. “Na prática, o que fazemos é possibilitar que o cliente identifique com mais clareza e rapidez a ocorrência de vazamentos”, explica José Cláudio.
Dados obtidos pelo hidrômetro do cliente são disponibilizados pela internet. “Assim ele pode acompanhar minuto a minuto o seu consumo de água. Se identificar um mudança abrupta na curva de consumo é provável que esteja ocorrendo um vazamento naquele determinado horário”, revela.
Com o mesmo objetivo - identificar problemas e evitar perdas no sistema -, a Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) passou a instalar computadores de vazão nas suas maiores estações de consumo. Atualmente, 48 grandes clientes empresariais já contam como equipamento.
Conforme explica o gerente de distribuição da Copergás, Carmelo Delgado, trata-se de um processador do tamanho de uma caixa de sapato que faz a medição por hora do volume de gás que passa por determinado ponto. “Dessa forma a Copergás monitora a distância se o cliente está demandando mais produto do que o encomendado e prejudicando o abastecimento de um outro cliente próximo”, explica. O mesmo computador monitora variáveis como temperatura e pressão, tornando possível prever quedas súbitas de abastecimento.
Fonte: Jornal do Commercio