Com a previsão de fornecer toda infraestrutura necessária para as empresas (acesso, luz, saneamento, água, energia elétrica, telefonia e terraplenagem), o distrito industrial apresentado pelo presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Ipojuca (Ad/Ipojuca), Luiz Carlos Matos, deve começar suas obras de engenharia e a negociar a vinda de empreendimentos no final deste ano. A ideia é que 30% da área esteja pronta para funcionar no primeiro semestre de 2011.
O investimento inicial da Prefeitura de Ipojuca para desapropriar o terreno que pertencia a uma usina da região foi de R$ 1,6 milhão. Outros R$ 600 mil foram empregados na elaboração de projetos. A estimativa é que todo o empreendimento exija aportes de até R$ 20 milhões. A área foi escolhida a partir das indicações do Plano Diretor do município, elaborado em 2008, que aponta outra localidade ideal para um segundo Distrito no futuro, próxima a BR-101. Esse projeto ainda não possui prazo para sair do papel.
O diagnóstico ambiental está em execução - como caracterização da vegetação do local, mapeamento geológico e outros detalhamentos. Os cuidados com o meio ambiente são ainda mais relevantes nesse projeto, pois um pequeno rio corta o local, além do Distrito estar próximo de praias consagradas do Litoral Sul, como Maracaípe e Serrambi.
“A ideia é abrigar empresas satélites, importantes para os investimentos que estão em instalação em Suape e que precisam de áreas de, em média, dois hectares. Suape é o destino para os grandes empreendimentos. Hoje, o investidor que busca adquirir uma área em Ipojuca tem encontrado pedidos de R$ 5.000 por metro quadrado, o que é muito caro”, explicou Matos. Outro desejo é que a mão de obra para as futuras empresas integrantes do Distrito venha de Camela, Serrambi e áreas próximas. “Quando começarmos a analisar as propostas, vamos dar prioridade para os projetos com maior geração de empregos, menor grau de impactos ao meio ambiente e mais integrados ao contexto de Suape”, acrescentou.
Dos 110 lotes, 80 são de um a cinco hectares, voltados para indústrias. Os 30 restantes têm de meio a dois hectares e são mais indicados para empreendimentos de comércio ou serviços. O modelo de negociação dos lotes, ou seja, se serão vendidos, arrendados ou usados temporariamente pelo regime de comodato, ainda será definido.
Fonte: Jornal do Commercio