De acordo com o órgão, auditorias são realizadas semestralmente em todas as entidades a partir do registro dos novos benefícios, mas por conta de denúncias publicadas na imprensa, de supostos descontos realizados sem a autorização do aposentado, decidiram fazer todas as auditorias de uma só vez agora.
O desconto da mensalidade sindical direto na folha de pagamento é permitido por lei para as 11 entidades conveniadas, todas elas de abrangência nacional, desde que autorizado pelo aposentado.
Segundo a assessoria de imprensa do INSS, as auditorias irão apurar denúncias de supostos casos de descontos não autorizados, fazendo a conferência nas entidades dos números dos beneficiados que estavam tendo o desconto na folha e buscando a documentação referente à autorização para esse débito.
OUTROS CASOS
Ainda segundo o INSS, já foram apuradas anteriormente irregularidades semelhantes, embora não seja possível afirmar se há ou não má-fé. O órgão afirma que caso seja detectada má-fé no desconto, o aposentado poderá requerer sua retirada da lista de descontos da mensalidade sindical na folha de pagamentos e será ressarcido dos valores debitados pelo INSS, que depois cobrará diretamente das entidades a devolução do dinheiro. Só no mês passado, o montante movimentado pelos descontos em folha de pagamento da mensalidade sindical atingiu R$ 21 milhões de reais.
Ao todo, as 11 entidades conveniadas têm 2,167 milhões de aposentados cadastrados no sistema de desconto em folha, segundo dados do INSS.
Na última quarta-feira, uma matéria da Agência Globo denunciou que o desconto da mensalidade sindical sobre a aposentadoria, feito diretamente na fonte pela Previdência Social, virou uma mina de ouro para os sindicatos. Só em junho, segundo a reportagem, 11 entidades conveniadas ao INSS embolsaram R$ 21 milhões (o equivalente a R$ 252 milhões por ano).
Fonte: Jornal do Commercio