Quarta, 22 Janeiro 2025

O investimento estrangeiro direto (IED), como qualquer outra atividade econômica, também passou por forte refluxo decorrente da crise econômico-financeira global. Receosas da magnitude de um inesperado ambiente recessivo, grandes multinacionais cortaram custos e suspenderam abruptamente as estratégias de internacionalização.

Hoje, o cenário mundial já aponta para uma retomada, e há que se tirar lições da crise. A condução de políticas macroeconômicas sérias, que reduziram a vulnerabilidade externa, com as contas fiscais em equilíbrio e a inflação sob controle, permitiu ao Brasil superar a crise e retomar o crescimento em condições excepcionais.

A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) apontou o Brasil como um dos cinco melhores destinos para investimento estrangeiro direto no período de 2009 a 2011, atrás apenas de Índia, Estados Unidos e China e à frente da Rússia.

Valorizando as oportunidades decorrentes deste momento singular da economia brasileira, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), numa parceria com a Associação Mundial das Agências de Promoção de Investimento (Waipa) e o Banco Mundial (Bird), está desenvolvendo um projeto para ampliar o volume de IED no País. O objetivo é capacitar os Estados para que estabeleçam organismos locais que, além de promover suas regiões, funcionem também como centros de apoio aos investidores.

A proposta busca adequar os interesses das empresas estrangeiras às necessidades específicas de investimento de cada região.

É crucial que cooperemos na implementação e na manutenção de um ambiente de negócios e investimentos favorável, priorizando a transparência, a segurança jurídica e a informação atualizada e confiável.

Nesse contexto, há que se considerar a relevância de desconcentrarmos tais iniciativas e direcionarmos o olhar para a Região Nordeste do Brasil. Conhecida por suas indiscutíveis belezas naturais e pela afabilidade de seu povo, a região é também um polo de empreendedorismo, de inovação tecnológica e de riqueza cultural e econômica.

Assim, o Nordeste consolida-se como um destino ímpar àqueles que desejam investir e crescer. Do agronegócio ao turismo, da confecção ao setor imobiliário, o potencial para a realização de bons negócios é imenso.

O fomento ao avanço científico e tecnológico, com o incentivo ao aprofundamento do diálogo entre empresas e centros de pesquisa, e a crescente qualificação de mão de obra são vetores fundamentais para que o Nordeste realize, de modo sustentável, todo o seu potencial para receber investimentos produtivos.

A Apex-Brasil trabalha para atrair capitais produtivos de empresas estrangeiras que possam incorporar inovações tecnológicas e adensar cadeias produtivas, com impacto na geração de empregos e na ampliação e diversificação da pauta exportadora brasileira.

A Agência garante apoio ao investidor estrangeiro durante todo o processo no Brasil. Recentemente, a Apex-Brasil teve participação ativa nos novos investimentos da General Electric (GE), da Blackberry e da IBM no País, entre outras companhias.

Um Nordeste unido no mundo de atração de investimentos se faz necessário. Precisamos desenvolver, cada vez mais, e consolidar mecanismos que incentivem as ações de atração de investimentos na região para garantir, de uma vez por todas, a inserção do Nordeste no radar global de investimentos diretos.

» Alessandro Teixeira é presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos e da Associação Mundial das Agências de Promoção de Investimentos (Waipa)

Fonte: Jornal do Commercio

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