CAMBERRA SÃO PAULO - O aumento do preço do minério de ferro em 35%, previsto para a próxima quinta-feira (1º de julho), continua a preocupar as indústrias que utilizam o aço, que preveem um repasse, pelas siderúrgicas, de pelo menos uma parte do reajuste do minério.
Na ocasião, o executivo disse também que a siderúrgica estava atenta a oportunidades criadas pelo reaquecimento da economia brasileira, que impulsionou a demanda interna por aço depois da forte crise vivida pelo setor em 2009. As montadoras e o setor de máquinas já reclamam dos efeitos do aumento do aço nos custos.
Austrália
A nova primeira-ministra da Austrália, Julia Gillard, pediu uma trégua na batalha entre a indústria de mineração e o governo em relação a uma controversa taxa de 40% sobre o lucro das mineradoras. A premiê afirmou que o governo irá parar com a propaganda favorável à taxa e pediu às mineradoras que cessem suas campanhas contra o imposto. "Os australianos têm o direito a uma participação mais justa em nossa herança, a riqueza mineral que está em nosso solo", afirmou. "Mas para se chegar a um consenso precisamos mais do que consultas: precisamos negociar, e devemos acabar com essa incerteza, que não é boa para a nação". Ela acrescentou que o governo está com as portas abertas para a indústria e pediu à indústria que, em troca, abra sua mente.
No entanto, a renovação da promessa de trazer o orçamento para um superávit em 2013, um objetivo que depende do novo imposto sobre o lucro das mineradoras - a menos que o governo volte atrás de promessas assumidas - trouxe dúvidas sobre o quanto a primeira-ministra conseguirá avançar em eventuais negociações.
Executivos mais céticos das mineradoras observam também que o secretário do Tesouro, Wayne Swan, o arquiteto do imposto, não apenas tem mantido inalterada sua posição como também foi promovido a vice-primeiro-ministro.
Fonte: DCI