Quarta, 22 Janeiro 2025

O consumidor deverá sentir no bolso a alta nos preços dos produtos e serviços para o Dia das Mães. O reajuste médio é de 4,12%, mas alguns presentes típicos da data registram aumento acima da inflação anual acumulada, de 5,72%, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O caso mais emblemático é o das flores. Com sua oferta comprometida devido aos problemas climáticos nas áreas produtoras, o presente está, em média, 12% mais caro do que no ano passado. Quem apostar nas joias e bijuterias pagará 8,41% a mais, enquanto quem for almoçar ou jantar fora de casa vai se deparar com preços cerca de 6% mais elevados.

No Mercadão das Flores, em Santo Amaro, a dúzia de rosas colombianas que custou R$ 60 para o consumidor em 2009, estava sendo vendida por R$ 70 ontem. O reajuste é de 8,5%. Já o arranjo de antúrios, que custava R$ 20, está 44% mais caro, não saindo por menos de R$ 30. “Estamos fazendo o possível para não repassar os altos custos para o consumidor. Mas o fato é que a oferta está bastante comprometida este ano. Muitos pedidos da loja ainda não chegaram, ou chegaram incompletos”, revela o gerente Raimundo Silva, salientando que até domingo os arranjos deverão ser reajustados novamente devido ao crescente aumento da demanda. “No caso das flores, que são mais perecíveis que outros presentes, os melhores dias de venda são o sábado e o domingo”, justifica.

O economista André Braz, da FGV, credita a alta no preço das flores e plantas naturais ao excesso de calor ou de chuvas que atingiram a produção.

“No caso das refeições em restaurantes, a alta dos preços está diretamente vinculada ao aumento da renda das famílias que antes não tinham condições de comer fora de casa no Dia das Mães”, justifica.

Por outro lado, alguns presentes apresentaram reajuste negativo. As máquinas de lavar estão 3,57% mais baratas do que no ano passado, mesmo após o fim da redução do IPI para a linha branca em abril.

Quem optar por roupas (4,58%), calçados (2,30%) e perfumes (0,56%) não perceberá mudança significativa nos preços, uma vez que estes aumentos não superaram o reajuste inflacionário geral.

Ainda segundo dados da FGV, na comparação com 2009, a proporção de consumidores que pretendem gastar mais aumentou de 9,7% para 14,4% do total. A dos que projetam gastar menos reduziu-se de 32,9% para 19,6%.

Os itens de vestuário e acessórios continuam sendo os presentes preferidos no Dia das Mães. Eles foram apontados por 47,7% dos consumidores pesquisados. A segunda opção mais citada é perfumaria e cosméticos, com 12,1%.

Fonte: Jornal do Commercio

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