A expectativa era grande. Um terço das exportações catarinenses sai do Norte do Estado. Mas o anúncio das medidas do novo pacote de estímulo às exportações, anunciado ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, pouco satisfez quem depende dos negócios com o exterior no Norte do Estado. “Com essas medidas não vou ampliar em um real as minhas exportações”, diz Guido Bretzke, diretor da Bretzke Alimentos.
O objetivo das medidas é garantir crescimento do superávit comercial do Brasil. Com esse pacote, o governo pretende acelerar o retorno de crédito aos exportadores, excluir a receita com exportação do faturamento de micros e pequenas empresas para que estas se mantenham em regime especial de tributação, acabar com o redutor do Imposto de Importação (II) para autopeças, incentivar exportação de bens de consumo e criar o Exim Brasil, banco de fomento ao comércio externo que será comandado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Segundo o ministro da Fazenda,essas medidas estão sendo tomadas para garantir a continuação da melhoria da competitividade da produção brasileira. Ele disse que essas são medidas adicionais às já tomadas pelo governo com a criação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Segundo ele, essas medidas têm tido muito êxito e estimulado fortemente o investimento.
Bretzke qualifica as medidas como paliativas. “O problema continua sendo o dólar, a burocracia e os problemas de infraestrutura – estradas e portos, que impedem um aumento maior nas exportações.” Só com mudanças no câmbio é que pode haver aumento nas exportações, acredita Evandro Müller de Castro, presidente da Associação Empresarial de São Bento do Sul (Acisbs).
Fonte: A Notícia