Num ano eleitoral, o empreendimento foi anunciado por uma comitiva que incluiu diretores das duas empresas, o governador Eduardo Campos e políticos aliados – como o prefeito do Recife, João da Costa, o secretário das Cidades, Humberto Costa e os deputados Raimundo Pimentel e Cadoca.
“O governo está usando o poder de compra da Petrobras para gerar riqueza e oportunidades de trabalho para a população”, disse o governador, se referindo ao programa da União que estabeleceu a retomada da indústria naval no País. Antes disso, tanto os navios como as plataformas eram compradas no exterior.
A intenção do grupo é fazer a construção de plataformas e equipamentos para prospecção e exploração de petróleo. A construção do estaleiro vai começar em julho. Até lá, o governo do Estado deverá entregar o terreno, que terá 40 hectares, com água.
O terreno do estaleiro será arrendado pela empresa que pagará R$ 0,50 por metro quadrado. Para construir a plataforma, a empresa tem um prazo de 24 meses, devendo entregá-la em outubro de 2012.
O consórcio que está construindo o estaleiro tem uma parceria com a empresa japonesa Modec, fornecedora da Petrobras. Isso vai permitir que o empreendimento local possa disputar concorrências para a construção de plataformas em outros lugares do mundo.
A plataforma a ser construída em Suape vai operar na bacia de Guará, que faz parte dos 28% do pré-sal já licitados pelo governo federal. Os 72% restantes só serão leiloados pela União depois que o novo marco regulatório do pré-sal – que está tramitando no Congresso – entrar em vigor.
O primeiro estaleiro a se implantar em Suape foi o Atlântico Sul, que está produzindo o seu primeiro navio para a Transpetro e ocupa uma área de 170 metros quadrados – que foi doada pelo governo do Estado. A previsão é que, no próximo dia 29 de março, o primeiro navio vá para o cais de acabamento, cerimônia que deve contar com a presença do presidente Lula.
O governo do Estado está negociando a implantação de mais outro estaleiro em Suape, capitaneado pelas empresas Alusa e Galvão Engenharia, que demandaria um investimento de US$ 350 milhões na sua construção com a geração de 2,5 mil empregos, quando entrar em operação. “É provável que venha o terceiro estaleiro. No entanto, é melhor esperar as licitações para poder falar com mais segurança”, afirmou Eduardo.
Fonte: Jornal do Commercio