O pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da UFPE, Anísio Brasileiro, explica que a iniciativa é encampada por um rede de instituições, que inclui Universidade de Pernambuco, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Instituto Tecnológico de Pernambuco (Itep) e Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene). “A escolha de Pernambuco e da UFPE para abrigar um centro nacional se deu em função de capital humano avançado nas áreas de ciência e engenharia de materiais e pela demanda dos grandes empreendimentos em implantação no Complexo de Suape, a exemplo do Estaleiro Atlântico Sul e da Refinaria Abreu e Lima”, destaca. A partir de 2010 será formada a primeira turma do curso de graduação de engenharia de materiais. A universidade também já conta com um curso de pós-graduação em ciência dos materiais e tem previsão de, num prazo de dois anos, criar a graduação em engenharia naval e manutenção de equipamentos.
O centro terá uma estrutura com algo entre 12 e 15 laboratórios, com destaque para soldagem, mecânica fina, revestimento e corrosão, ensaios não destrutivos, entre outros. O espaço terá capacidade para capacitar uma média de 100 a 120 pessoas por ano. “Também teremos condições de desenvolver pesquisas alinhadas às demandas do mercado. No caso da exploração do pré-sal existem dúvidas sobre que tipo de solda usar em altíssima profundidade”, exemplifica o coordenador de implantação do CNTM, Severino Urtiga, da UFPE.
As obras do centro devem ser concluídas num prazo de dois anos, mas os trabalhos da rede de instituições já está em andamento, utilizando os 11 laboratórios já existentes na universidade e a capacitação da mão de obra. Inicialmente, o centro seria voltado apenas de soldagem, mas foi ampliado para trabalhar com materiais de uma maneira geral.
A expectativa é que até o final do ano a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) libere a primeira parte dos recursos para o centro, no valor de R$ 15 milhões. “Já encaminhamos o projeto arquitetônico e o projeto básico e estamos aguardando retorno”, diz Anísio Brasileiro.
Além do CNTM, Pernambuco também vai contar com um Centro de Certificação Industrial (CCI) para validar os procedimentos do setor. A iniciativa será encabeçada pelo Sistema S pelas mãos do Senai.
Fonte: Jornal do Commercio