O navio pertencia originalmente à companhia Avante SRL e depois foi repassado ao governo do Paraguai. Conforme a Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH), o Filippos encontra-se desde 2003 em Porto Alegre. Até agosto, o navio acumula uma dívida de R$ 377 mil com a SPH em taxas portuárias não quitadas.
O superintendente da SPH, Gilberto Cunha, informa que aguarda o contato com o novo dono para discutir o débito e o deslocamento da embarcação. O gerente da Hoffmaq, Vinícius Badki Krieck, adianta que o montante da dívida pública terá que ser renegociado, caso contrário o ativo perderá viabilidade econômica. “Creio que um acerto seja de interesse de todos para resolver uma questão de espaço e ambiental”, acredita Krieck.
Ele comenta que a ideia da Hoffmaq é deixar o Filippos em condições de voltar a navegar. A forma de pagamento do navio ainda não foi totalmente definida e será tratada com o consulado paraguaio. Krieck revela que a companhia também pretende adquirir as outras duas embarcações paraguaias que se encontram no porto gaúcho.
O Estigarribia e o Caballero estão em Porto Alegre desde 1997. Krieck relata que as condições desses dois são mais precárias do que a do Filippos e deverão ser utilizados como sucata. Em agosto, o Caballero devia R$ 2,1 milhões e o Estigarribia R$ 1,4 milhão em taxas para a SPH.
A autarquia estadual esperava remover os três navios paraguaios do cais Mauá ainda em setembro, no entanto isso não foi possível. “É demorado mesmo, principalmente, porque envolve relações internacionais e precisamos tratar com o consulado paraguaio para fazer as movimentações”, diz Cunha. O dirigente acredita que até o final do ano deverá ser confirmada uma data para realizar o deslocamento.
Fonte: Jornal do Comércio