Para o coordenador técnico do estudo e responsável pelo desenvolvimento de conteúdo da FGV Projetos, Fernando Garcia, a projeção leva em conta um cenário de menor crescimento econômico mundial e estabilização da demanda por alimentos e matérias-primas nos países ricos. “O crescimento do consumo vai ser puxado pelos países em desenvolvimento, embora os países ricos continuem representativos.”
Os países da Ásia e da Oceania são o mercado com maior potencial de crescimento. De acordo com o estudo, as exportações da agroindústria para a região devem crescer a uma taxa anual de 2,2% até 2020, sendo que os embarques de matérias-primas, como os grãos, devem crescer 3,8% ao ano. Em segundo lugar, está o bloco formado por América Central e Caribe, com projeção de crescimento anual de 2%, puxado basicamente pelos embarques de alimentos beneficiados (2,1%).
O terceiro mercado com maior potencial de crescimento é a América do Norte (Nafta), para onde as exportações do agronegócio devem crescer 1,5%. América do Sul (1,2%), Europa (1%), África Subsaariana (1%) e Oriente Médio e Norte da África (0,8%) completam a lista.
O estudo aponta, ainda, que as exportações da agroindústria brasileira para a China devem crescer, em média, 3,8% ao ano, sendo que os embarques de matérias-primas devem evoluir a uma taxa anual de 5,1%. O valor das exportações para o país asiático deve saltar dos US$ 900,6 milhões, registrados em 2007, para US$ 2,14 bilhões em 2030 (a preços de 2007). Com isso, a China, que hoje ocupa o sétimo lugar no ranking dos importadores da agroindústria brasileira, deve saltar para a segunda posição, superando a Bélgica.
Mesmo crescendo menos, os Estados Unidos devem se manter no topo da lista. A expectativa é de que as exportações brasileiras para o país subam de US$ 3,81 bilhões, em 2007, para US$ 5,37 bilhões em 2030 - um crescimento médio anual de 1,5% ao ano. Apesar da mudança de posição da China, o ranking dos importadores do agronegócio brasileiro deve sofrer poucas alterações. Como hoje, os dez principais mercados em 2030 serão: EUA, China, Bélgica, Itália, Rússia, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Irã e Japão. O estudo da Ernst & Young Brasil e da FGV Projetos levou em consideração dados econômicos de 100 países, responsáveis por 97% do PIB e 98% da população mundial.
Carpelo promove leilão de máquinas e equipamentos agrícolas até o dia 7 de outubro
Para vender ativos e renovar a sua frota de máquinas agrícolas, a Carpelo, empresa de implantações e manutenções florestais com sede em Guaíba (RS), decidiu negociar tratores, veículos e implementos de quatro unidades - Curvelo (MG), Nova Viçosa (BA), Arroio Grande e Arroio dos Ratos, no Estado. Ao todo, são 229 lotes com até três anos de uso, destacando-se 106 tratores agrícolas de pneus New Holland, Jonh Deere e Ford, 81 implementos agrícolas, seis tratores de esteira Komatsu, quatro caminhões Mercedes Benz e Ford, além de carretas para transporte, plantadeiras, pulverizadores, conjuntos de tanques, entre outros.
“Estamos com um ativo muito grande e algumas máquinas estão depreciando. Decidimos vender para não perder dinheiro e também porque a cada três anos renovamos a frota. O setor da celulose esteve desaquecido em 2009, mas estamos otimistas para o ano que vem. O mercado está em recuperação e deverá ser um ano bem favorável”, explica o diretor da Carpelo, Marco Antônio Machado.
A responsável pela venda do maquinário da Carpelo é a Superbid, empresa especializada na realização de leilões via internet. Devido a grande quantidade de lotes, os produtos serão leiloados em dois dias diferentes. Os lances para os equipamentos localizados na Bahia e em Minas Gerais podem ser realizados até o dia 6 de outubro. Para comprar as máquinas das unidades gaúchas, os interessados têm mais um dia para fazer propostas. Segundo Machado, a previsão da empresa é de atingir um faturamento aproximado de R$ 7 milhões.
O leilão foi aberto no dia 15 de setembro e será realizado até às 14h dos respectivos dias. Os lances podem ser oferecidos por meio do site da Superbid (www.superbid.net). Os bens serão vendidos no estado em que se encontram e sem garantia. As fotos e descrições completas dos ativos estão disponíveis no mesmo endereço eletrônico. Para participar, é necessário estar cadastrado e solicitar habilitação. Os interessados em conferir os ativos antes da compra poderão se dirigir até as unidades onde estão localizados os bens ofertados. A lista de implementos de cada unidade está disponível no site da Superbid.
Fonte: Jornal do Comércio