O Projeto Baleia Franca realizou neste sábado (26) um sobrevôo que integra o Programa de Monitoramento das Baleias Francas no Porto de Imbituba e adjacências, com o objetivo de analisar a distribuição e o comportamento da espécie na Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca. O sobrevôo teve início no Balneário Rincão, em Içara, e foi finalizado na Praia da Pinheira, em Palhoça. Foram avistados 31 pares de fêmeas com filhotes, totalizando 62 baleias avistadas.
“As condições do vento e do mar não estavam ideais para um vôo de censo populacional. Por isto, optamos por fazer apenas o monitoramento da distribuição e comportamento das francas que se encontram na Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca, totalizando 130km de costa”, explicou a diretora de pesquisa, Karina Groch. “Este sobrevôo, por ter objetivos bem específicos e não ter sido de censagem, não pode ter seus números comparados a outros vôos, como o realizado em julho e também em anos anteriores, quando o percurso é mais longo, a condição é ideal e o tempo de sobrevôo é maior”, completou.
A maioria dos pares de fêmeas com filhotes estavam concentrados em Imbituba, o que confirma a área como berçário natural da espécie. Entre Rincão e Jaguaruna, foram cinco pares avistados. Só na Praia de Itapirubá Norte (Imbituba), onde está localizada a sede do Projeto Baleia Franca, nove pares de mães com os filhotes foram fotografadas. A região com maior densidade foi entre Ibiraquera e Luz, praias de Imbituba, onde se encontravam 11 pares. Entre a Gamboa (Paulo Lopes) e a Guarda do Embaú (Palhoça) foram avistados seis grupos de fêmea com filhote.
Entre as avistagens deste sábado, a equipe fotografou novamente o filhote albino, nascido no início da temporada e fotografado no sobrevôo de censagem realizado em julho. “Pudemos ver que ele já está maior e mais forte. Estes dois meses em que ele permaneceu em nossa costa serviu para que a mãe o amamentasse e preparasse para a longa viagem de volta das francas às Ilhas Geórgias do Sul, nas águas polares, onde a espécie se alimenta”, explicou Karina.
Outro fator diferencial deste sobrevôo foi a presença exclusiva de fêmeas com filhotes. “Isto constata que a presença de indivíduos adultos que vem para Santa Catarina a fim de acasalarem se concentra no início da temporada, já que foram avistados apenas pares de mães com filhotes”, concluiu Karina.
Fonte: Assessoria de Comunicação Projeto Baleia Franca