Sexta, 24 Janeiro 2025

Mesmo diante do cenário de crise, que fez minguar em 15% a movimentação de cargas do Tecon Suape no primeiro semestre de 2009, o grupo filipino International Container Terminal Sevice Inc (ICTSI) vai manter seu plano de investimentos para o Brasil, que prevê o desembolso de US$ 40 milhões, nos próximos dois anos, para deixar o terminal com capacidade para movimentar um volume de 1 milhão de contêineres por ano. O anúncio foi feito ontem, durante a visita da presidente das Filipinas, Gloria Arroyo, que inaugurou o novo pátio de armazenagem de contêineres do Tecon, numa solenidade que contou com a presença do governador Eduardo Campos, de secretários de Estado, ministros e de cônsules de sete países.

Acompanhada de sua comitiva, a presidente fez um percurso rápido pelo pátio de contêineres, viu uma galeria de fotos com dez imagens que retratam a implantação do Tecon e ouviu a apresentação da Orquestra Criança Cidadã Meninos do Coque. Sorridente, ouviu os discursos do presidente do Tecon, Sérgio Kano, e do governador Eduardo Campos, que falou da importância de Suape e de Pernambuco no contexto nacional.

Quem esperava por um pronunciamento da presidente ficou frustrado. Depois de descerrar a placa e de cortar a fita inaugurativa da expansão do Tecon, a presidente sentou para o almoço sem falar das suas expectativas em relação ao Brasil. Hoje, os dois países têm um pequeno intercâmbio comercial de R$ 1 bilhão, segundo informações do Itamaraty.

Gloria Arroyo desembarca no Brasil 40 anos após a visita de seu pai, Diosdado Macapagal, que na época era vice-presidente das Filipinas. Ainda ontem, a presidente seguiu para Brasília, onde vai discutir parcerias nas áreas de tecnologia, energia renovável e agricultura, além de conhecer a experiência do Bolsa-Família.

CRISE

O presidente do grupo ICTSI, Enrique Razón, afirmou que a manutenção dos investimentos em Suape é uma demonstração de que a empresa mantém o olhar no futuro. “O Tecon Suape é estratégico para nós”, disse. A operação brasileira representa 10% do faturamento mundial do grupo, que tem 18 terminais em operação em portos de quatro continentes. O executivo comenta que a crise deve derrubar em 12% a movimentação de carga conteinerizada este ano.

Sérgio Kano destaca que no Tecon, a redução das cargas internacionais tem contribuído para derrubar o desempenho do terminal. “Tivemos um pequeno crescimento de 2% na cabotagem e uma redução de 30% nas cargas internacionais”, diz, lembrando que a movimentação de contêineres é fortemente impactada pelo desempenho industrial. Na avaliação do executivo, 2010 ainda será um ano difícil. “Mas acreditamos que o cenário melhora a partir de 2011”. Enquanto isso, o lema é continuar investindo. Desde que arrendou o Tecon, em 2001, o grupo já aplicou R$ 152 milhões no terminal.

Fonte: Jornal do Commercio

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