Quinta, 30 Janeiro 2025
A Petrobras confirmou ontem o cancelamento da licitação para a plataforma P-63, assim como fez com a P-61. A estatal informou, em comunicado, que os processos foram cancelados "devido aos valores das propostas recebidas terem sido considerados elevados, dadas as condições atuais do mercado".
A P-61 funcionaria no campo de Papa-Terra, na Bacia de Campos, em conjunto com a P-63. A proposta que estipulou o menor custo de construção da P-63 foi apresentada pelo consórcio Quip, US$ 1,652 bilhão. O consórcio Quip pretendia construir a P-63 no município de
Rio Grande.
Em função dos cancelamentos, a Petrobras instaurou um Grupo de Trabalho interno, que irá analisar alternativas para o desenvolvimento do projeto Papa-Terra. A definição do modelo final do projeto está condicionada às conclusões deste Grupo de Trabalho. A companhia também confirmou notícia sobre a rescisão, pela Scorpion Deepwater, de contrato que havia firmado para a construção de uma sonda semissubmersível de perfuração (DSS-38) com o estaleiro Keppel Fels, em Cingapura.
Licitada em dezembro, paralelamente à P-63, a P-61 seria instalada em lâmina d’’água de 1.180 metros. Já a P-63 teria capacidade de processamento de óleo de 150 mil barris por dia e de 1 milhão de metros cúbicos por dia de gás. Ela seria instalada em lâmina d’’água de
1.165 metros.
Segundo dados da Petrobras, o campo petrolífero de Papa-Terra está localizado em águas profundas, a 1,2 mil metros abaixo da superfície do mar, no litoral fluminense.

Gasolina no Brasil pode estar 59%
mais cara que a cotação externa
Especialistas calculam que o preço da gasolina no Brasil esteja até 59% acima das cotações internacionais. No caso do diesel, a diferença pode chegar a 40%, dependendo do cálculo. Ninguém acredita, no entanto, que a Petrobras vá promover ajustes agora, uma vez que a empresa ainda não recuperou as perdas por ter mantido os preços em tempos de petróleo caro. Além disso, a companhia precisa gerar caixa para sustentar seu plano de investimentos, considerado pelo governo um dos principais remédios contra a crise financeira.
A conta a respeito da diferença de preços varia entre os analistas. Para Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a gasolina brasileira está hoje 50% mais cara do que a cotação americana, usada como referência pela estatal. Já o diesel está 30% mais caro. Nelson Rodrigues de Mattos, do Banco do Brasil Investimentos (BBI), calcula a diferença em 59% para a gasolina e 40% para o diesel.
"O Brasil é o único país que, em meio à crise, não baixou juros nem preço da gasolina", comenta Pires. A diferença é fruto da desvalorização do petróleo nos últimos meses. Quando a Petrobras promoveu o último aumento de preços, em maio do ano passado, o preço rondava os US$ 115 por barril. A empresa alega que não repassou ao consumidor a alta do segundo trimestre de 2008, quando o barril negociado em Nova Iorque atingiu o preço recorde de US$ 147 por barril.
Além disso, diz, manteve os mesmos preços da gasolina e do diesel entre setembro de 2005 e maio de 2008. "Neste mesmo período, o preço do petróleo passou de US$ 65 por barril para US$ 115 o barril e a Petrobras suportou esta defasagem, para não impactar o consumidor brasileiro. O último reajuste foi de 10% para a gasolina e 12% para o diesel, enquanto o preço do petróleo quase dobrou", afirmou a companhia, em nota.
Mattos, da BBI, calcula que a companhia ainda tenha R$ 1,5 bilhão a recuperar em perdas referentes aos tempos de petróleo alto. Por isso, ele acredita em possibilidade de reajustes apenas no segundo trimestre. Luiz Otávio Broad, da corretora Ágora, vai além: para ele, reajustes apenas no segundo semestre. "Não dá também para baixar muito os preços, já que a empresa tem que fazer pesados investimentos", aponta Broad.

Cade aprova compra do
Grupo Ipiranga pela Petrobras
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) publicou nesta quinta-feira, no Diário Oficial da União, a decisão que aprova a compra, pela Petrobras, de ativos do Grupo Ipiranga nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Os ativos incluem distribuição de combustíveis líquidos e lubrificantes; lojas de conveniência e comercialização e distribuição de materiais betuminosos. A decisão foi tomada em reunião do Cade de 17 de dezembro passado, mas com restrições.
A compra de ativos foi condicionada à possibilidade dos donos de postos Ipiranga, em 21 municípios do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, trocarem suas marcas por outras bandeiras até 2012, sem ter de pagar multa rescisória à Petrobras. É que a estatal passou a ser dona da distribuição de combustíveis da Ipiranga nessas regiões. A soma da quantidade de postos das bandeiras BR (Petrobras) e Ipiranga e também do volume de vendas dessas duas marcas ultrapassam 50% do mercado, segundo o Cade. O conselho aprovou também a compra da distribuidora de asfalto da Ipiranga, a Iasa, à Petrobras. Mas a condição é de que a estatal dê às demais distribuidoras de asfalto do País as mesmas condições que dará à Iasa e que dá à BR.
 
Fonte: Jornal do Comércio
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