Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo, foram 40 demitidos. O corte representa pouco mais de 3% da força de trabalho da unidade (1.200 operários), mas há a possibilidade de que chegue a 200 o total de desligamentos nas próximas semanas, segundo o sindicato. “É muito preocupante, é a pior crise que vivemos desde o início dos anos 90. Esta semana a empresa demitiu 40 trabalhadores e informou que são irreversíveis outras demissões, que podem chegar a 200 em Sapucaia”, disse o sindicalista Lorricardo de Oliveira.
A empresa e os funcionários vão se reunir na próxima semana para discutir a crise. O sindicato quer a redução dos turnos de trabalho de oito para seis horas, como meio de preservar os empregos.
As demissões são uma etapa de um programa de cortes de custos da empresa de siderurgia que já incluiu, nos últimos meses, a antecipação da manutenção dos equipamentos e férias coletivas para os funcionários em dezembro.
Na semana passada, a Gerdau Macsteel, unidade da empresa nos Estados Unidos, anunciou o corte de 46 funcionários da sua fábrica em Monroe (Estado de Michigan), o que representa 10% da força de trabalho.
PROTESTO
Cerca de 1.500 funcionários do segundo turno da General Motors (GM) de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, aderiram ao protesto realizado na manhã de ontem contra demissões realizadas pela empresa e suspenderam suas atividades durante uma hora.De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, os trabalhadores paralisaram a produção entre 14h30 e 15h30 em setores onde são fabricados carros como o Corsa e a picape S-10, numa atividade denominada “escalada de mobilizações” contra as demissões.
Segundo o sindicato, nas duas assembleias, os metalúrgicos aprovaram por unanimidade a exigência de que a empresa readmita os trabalhadores dispensados e conceda estabilidade no emprego a todos.
Fonte: Jornal do Commercio
