Quinta, 30 Janeiro 2025
O governo federal dos Estados Unidos concordou em tomar uma medida sem precedentes para estabilizar o Citigroup, dando garantias de cerca de US$ 300 bilhões para os ativos do portfólio do banco que estiverem em dificuldades. O Tesouro concordou em injetar adicionais US$ 20 bilhões em recursos no Citibank, segundo os termos do acordo costurado entre o banco, o Departamento do Tesouro, o Banco Central americano (Federal Reserve, o Fed) e a Federal Deposit Insurance Corporation (Fdic), a agência federal de garantia de depósitos bancários. Os termos do socorro ao gigante financeiro, que atua em mais de 100 países, foram anunciados na manhã de ontem.

O Tesouro vai cobrar taxa mais elevada de juros pelo capital - 8% nos primeiros anos - do que impôs a dúzias de outros bancos que têm tomado empréstimos do governo dentro do pacote de auxílio de US$ 700 bilhões aprovado pelo Congresso no mês passado. Além dos recursos, o Citigroup contará com um arranjo extremamente incomum, no qual o governo aceita lastrear cerca de US$ 300 bilhões de seus ativos, incluídos letras hipotecárias, entre outros itens.

O Citi deverá arcar com os primeiros US$ 37 bilhões a US$ 40 bilhões em perda com esses ativos. Se as perdas se estenderem acima deste patamar, o Tesouro vai assumir perdas de até mais US$ 5 bilhões. A partir daí, entra a Fdic, que bancará, se for o caso, perdas de até mais US$ 10 bilhões. Acima deste patamar, qualquer nova perda será honrada pelo Fed.

O diretor financeiro do Citigroup, Gary Crittenden, disse que o plano dos Estados Unidos para comprar ações do Citi deixará o governo do país com uma fatia de 7,8% no banco. “A participação (do governo) está limitada a esse nível, portanto eu não diria que se trata de uma nacionalização em nenhum sentido”, afirmou, em entrevista à rede de televisão CNBC. O executivo disse ainda que o acordo “destaca que o Citi tem solidez para ser pró-ativo. Não acho que perdemos ou ganhamos nesse processo, mas acredito que aumentamos a confiança de que o grupo tem o vigor para fazer o que for necessário nesse ambiente”, disse ele. Ele recusou-se a dizer se o Citi precisará de capital adicional do governo.

DECISÕES DIFÍCEIS - Horas após o governo federal americano ajudar o Citigroup, o presidente dos EUA, George W. Bush, disse estar preparado para tomar mais decisões difíceis para proteger o combalido sistema financeiro.

Bush, que falou a repórteres fora do prédio do Tesouro, após encontro com o secretário, Henry Paulson, afirmou ter conversado com o presidente eleito Barack Obama sobre a decisão de resgatar o Citigroup e continuará mantendo o democrata informado sobre as ações do governo.

“Esta é uma situação dura para América, mas vamos nos recuperar”, disse Bush. “O primeiro passo para a recuperação é salvaguardar o sistema financeiro”. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Jornal do Commercio - 25 NOV 08

Curta, comente e compartilhe!
Pin It
0
0
0
s2sdefault
powered by social2s

topo oms2

Deixe sua opinião! Comente!