Sexta, 31 Janeiro 2025
 

Em sua passagem por Santos na última segunda-feira (27), o ministro dos Portos, Pedro Brito, decidiu colocar um ponto final na polêmica crise do Órgão Gestor de Mão-de-Obra do Porto de Santos (Ogmo). A solução encontrada por ele foi nomear o presidente da Codesp, José Roberto Correia Serra, para mediar as próximas conversas entre patrões, sindicalistas e os dirigentes do Ogmo. Caberá ao comandante do porto santista, inclusive, achar uma solução para o impasse.

 

A crise financeira ganhou mais espaço na mídia nas últimas duas semanas, quando pela primeira vez o rombo da instituição foi estimado por seus dirigentes. Com 7.107 ações contra ele na justiça, o Ogmo de Santos pode ter de pagar até R$ 1,4 bilhão aos trabalhadores se perder todos os processos em que é citado. Tamanho prejuízo pode levar as contas do órgão ao bloqueio e, se isso ocorrer, os pagamentos dos portuários avulsos podem ser suspensos.

 

Por tudo isso, durante a cerimônia de inauguração do Cenep, o presidente do Sindicato dos Estivadores, Rodnei Oliveira da Silva, fez um pedido de ajuda ao ministro dos Portos. A esperança dele e de outros sindicalistas era de que Pedro Brito achasse uma solução definitiva para o problema. E, na entrevista coletiva com os jornalistas, o ministro anunciou seus planos, que colocam de vez o presidente da Codesp na história.

 

“Todos nós sabemos que a crise financeira do Ogmo não é novidade, tampouco uma exclusividade do Porto de Santos. Esse problema está ocorrendo em vários lugares e, a longo prazo, a solução definitiva é mudar o marco regulatório que norteia a constituição do Ogmo. Mas, enquanto isso não é possível, vamos agir de forma imediata parta evitar o caso aqui em Santos. O José Roberto Serra vai mediar reuniões e buscar uma solução para o caso”.

 

E o presidente da Codesp respondeu que já está correndo atrás do prejuízo. Ele manteve conversas na última semana com sindicalistas e representantes dos operadores portuários, buscando dar fim ao imbróglio. Correia Serra também tratou de afastar qualquer possibilidade das contas do Órgão Gestor de Mão-de-Obra serem bloqueadas e os avulsos de Santos deixarem de receber pelos serviços prestados no cais.

 

“Não é de nosso interesse que isso chegue a tal ponto. A Docas vai ajudar o Ogmo, pois somos parte dele e temos que encontrar as soluções possíveis para o cenário desenhado. Ele tem que funcionar e vamos resolver isso de vez, sem risco de ninguém ficar sem receber, ou do porto entrar em colapso, sem um órgão que gerencie a mão-de-obra. Quem vai pagar a conta não sei, ainda é cedo para se discutir tais situações”.

 

Fonte: PortoGente - 28 OUT 08

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