Sexta, 31 Janeiro 2025

Em sua estadia em Santos nesta segunda-feira (27), o ministro Pedro Brito, da Secretaria Especial de Portos (SEP) solicitou à Codesp estudos para tentar solucionar a crise do Órgão Gestor de Mão-de-Obra (Ogmo), que está sob risco de não dispor de recursos para pagar os portuários por conta de ações trabalhistas. Esse é um problema, já alertado por este PortoGente, que começou em Santos, mas poderá se espalhar pelos demais Ogmos, Brasil afora.

Solução caseira

Uma comissão de técnicos do Centro de Excelência Portuário de Santos – Cenep, inaugurado oficialmente nesta segunda-feira (27) pelo ministro Pedro Brito, irá ao Rio de Janeiro conhecer os simuladores de equipamentos portuários desenvolvidos pela Coppe da UFRJ. Além de aplicar tecnologia nacional, esses simuladores custam quase a metade do preço de um similar estrangeiro.

Na marca do pênalti

Se conseguir se manter no Porto de Santos, e assumir a cadeira de superintendente de Recursos Humanos da Codesp, o gafanhoto Sérgio Figueiredo, que é habitual descumpridor de procedimentos administrativos, deverá arranjar muito problema com a Controladoria Geral da União (CGU).

Boa idéia 1

Ainda quando estava na SEP, José Roberto Serra, hoje diretor-presidente da Codesp, defendeu que fosse feita uma definição do perfil ideal dos gestores dos portos brasileiros e depois colocá-lo em lei e, assim, os resultados de gestão poderão ser mais bem cobrados e alcançados. A idéia é excelente, mas o governo, em matéria de portos, mal consegue assinar um decreto, que dirá fazer lei.

Boa idéia 2

Quanto a outras idéias de Serra quando ainda na SEP, também excelentes, estando na Codesp ele pode programar: a participação dos empregados nos lucros das Docas, para que se sintam partícipes do processo, e a definição de um novo modelo de arrendamento portuário.

Mai$ participação

Já o Ministério dos Transportes quer que o governo federal eleve imediatamente o patamar de investimentos no setor. E que ao menos 1% do Produto Interno Bruto (PIB) seja anualmente destinado ao setor antes de 2023. Representantes do ministério consideram uma afronta a escassez de verbas que o governo gasta nessa área estratégica. Em países em desenvolvimento como China, Índia e Rússia, esse índice gira entre 4 a 6% dos seus respectivos PIBs.

Pelos rios

No seminário “Portos: em busca de soluções”, realizado no Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília, em junho, o titular dos transportes Alfredo Nascimento propugnou o modal hidroviário. Para ele, a concentração nas rodovias acontece devido à confiabilidade de prazos e a “questões de natureza fiscal”.

Longo prazo

Atualmente, a participação na matriz de transporte de cada modal é: 58% das cargas passando pelo modal rodoviário, 25% pelo ferroviário e 13% no aquaviário. O ideal projetado pelo MT para 2025 é, respectivamente, de 33%, 32% e 29%. Muito longe do ideal, ainda mais para um país que não faz eclusas em suas barragens.

Inferno e céu

Os armadores ainda criticam muito o Porto de Paranaguá onde afirmam que a gestão é polêmica e politizada, o que prejudica a eficiência e o trabalho de planejamento. Em contrapartida elogiam Suape (PE) e Pecém (CE), com acessos excelentes, boa profundidade, espera de menos de quatro horas para atracação e retro-área adequada.

Treinamento

Foi realizado em Itajaí (SC), na semana passada, o "Treinamento dos Servidores da Receita Federal do Brasil", organizado pela ANFACER – Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento, com a participação de cerca de 50 fiscais da Receita Federal da região. O objetivo foi atualizar os servidores e municiá-los de informações relevantes para o combate à pirataria, contrabando e importação de produtos que não atendem às normas e regulamentos técnicos vigentes no país.

No ar

A diretoria toda da Infraero, estatal dos aeroportos, deverá ser trocada nos próximos dias. É o PMDB, fortalecido pós-eleições, colocando os dados na mesa. O novo presidente deverá ser indicado pelo senador José Sarney.

China mais barata

A China aumentou o reembolso de impostos de exportação para vários produtos, entre eles têxteis, brinquedos e maquinário, visando aumentar as vendas externas desses produtos. Isso torna ainda mais baratos os produtos chineses cujas vendas ao exterior já foram abaladas pela crise financeira internacional.

Japão parou

As exportações japonesas tiveram crescimento pífio nos dois últimos meses, refletindo o impacto da crise financeira global sobre o apetite dos EUA e da Europa pelos produtos japoneses. Em agosto, o país registrou o seu primeiro déficit comercial em 26 anos e, em setembro, o superávit comercial - apenas US$ 970 milhões - caiu 94% comparado ao mesmo mês de 2007.

Imposto zero

Já no Brasil, o presidente Lula reduziu a zero a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas operações de câmbio relativas a empréstimos externos e de aplicações de recursos nos mercados financeiro e de capitais. A medida pretende estimular a ampliação da oferta de moeda estrangeira, no atual contexto de forte retração das linhas de crédito internacionais. É mais uma medida anti-crise, depois de duas Medidas Provisórias.

Raspando o tacho

Para contornar a falta de crédito, algumas indústrias instaladas no Brasil estão mudando o destino do dinheiro que têm em caixa. Os recursos que seriam usados em investimento, ainda não iniciados, estão se transformando em capital de giro. Mas a crise de confiança na expansão do mercado já contaminou os ânimos e ninguém sabe qual é o fundo do poço.

Sem confiança

A crise financeira internacional já fez estragos na confiança dos empresários da indústria, resultantes da restrição de crédito internacional e da queda da Bolsa de Valores de São Paulo, que fizeram minguar as linhas de financiamento para exportação. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou o Índice de Confiança do Empresariado Industrial (ICEI) de 52,5 pontos. Uma ao pior nível desde julho de 2005, quando havia registrado 50,7 pontos.

Menos transporte

O segmento logístico é um dos primeiros setores que sinalizam os efeitos da atual turbulência da economia mundial, pois já é evidente uma menor movimentação no transporte de cargas. Os reflexos são mais psicológicos do que baseados em números e ainda é difícil calcular a extensão e o verdadeiro impacto da crise.

Fonte: PortoGente - 28 OUT 08

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