Sexta, 31 Janeiro 2025
O Estaleiro Atlântico Sul (EAS) está ampliando os esforços para incluir na cadeia produtiva da construção de navios e plataformas petrolíferas empresários do setor metal-mecânico do Norte e Nordeste. Até agora, informou o EAS, em um dos principais segmentos de produtos consumidos pelas embarcações, o metal-mecânico, somente 27 empresas do Estado se tornaram fornecedoras do empreendimento. Mas há espaço para muito mais, diz o presidente do estaleiro, Angelo Bellelis. Em números aproximados, o executivo calcula que cerca de US$ 25 milhões (R$ 59,5 milhões na cotação de ontem) em equipamentos e serviços necessários por navio é a cifra com potencial de contratação no País. Uma das alternativas para aumentar a fatia dos empresários locais é o estímulo às joint-ventures (consórcios) com empresas do Sul e do Sudeste, que detêm experiência no fornecimento para a indústria naval, para vender ao estaleiro itens que vão de âncoras e conjuntos de solda a válvulas em geral.

Na Mecânica Nordeste, feira que ocorre no Centro de Convenções até amanhã, haverá uma reunião dos presidentes dos sindicatos do segmento metal-mecânico do Norte e Nordeste. Para novembro, está prevista uma rodada de negócios, com data a definir. “A gente acredita e quer que isso (joint-ventures) aconteça”, diz Bellelis. Em paralelo, haverá um esforço para qualificar as empresas e tentar inclui-las na cadeia de fornecimento. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Pernambuco (Simmepe), Sebastião Pontes, serão US$ 1,2 milhão do Banco Interamericano de Desenvolvimento nos próximos quatro anos. Também nesse período estão previstas iniciativas conjuntas da Confederação Nacional da Indústria e da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco, entre outras.

“No Simmepe há cerca de 150 associados, sendo 70% pequenas e médias empresas. O que não fornecermos aqui, tentaremos direcionar para o Nordeste e Norte”, pontua.

O investimento na construção do EAS já chegou a R$ 1,4 bilhão, sendo R$ 1,1 bilhão do Fundo de Marinha Mercante. Na próxima quinta-feira, a carteira de encomendas do estaleiro deve ganhar oficialmente seu quarto contrato – de cinco navios que ficariam a cargo do consórcio Rio Naval, no Rio de Janeiro. Com o novo pacote, de US$ 400 milhões, serão US$ 2,4 bilhões encomendados ao Atlântico Sul. O primeiro e maior contrato foi de US$ 1,2 bilhão, com a Transpetro, para construir dez navios suezmax (petroleiros). Mas há também o casco da plataforma P-55, da Petrobras (US$ 392,6 milhões), e dois superpetroleiros encomendados pela Noroil Navegação (US$ 424 milhões).

Fonte: Jornal do Commercio - 23 OUT 08

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