O irmão do padre, o mestre de obras Moacir de Carli, esteve em Macaé no começo de julho para a realização do exame. No início do mês, restos mortais foram encontrados por um rebocador de uma empresa que presta serviço para a Petrobras a cem quilômetros da costa de Maricá, Região dos Lagos. O que levantou suspeita de que o corpo encontrado no Rio de Janeiro era do padre paranaense foi a roupa branca com pigmentos prateados.
A família do padre disse que, apesar de não ser o fim esperado, a confirmação traz “alívio” para todos. Eles aguardam para hoje o documento oficial sobre o reconhecimento para providenciar o sepultamento. “Poderemos fazer um enterro digno”, disse o irmão do padre, Moacir de Carli, que mora em Palotina, no oeste do Estado. Provavelmente, o sepultamento será realizado em Ampère, onde mora a maioria dos parentes
O Padre decolou de Paranaguá, com o objetivo de seguir para Dourados, em Mato Grosso do Sul, e desapareceu próximo de São Francisco do Sul no Litoral de Santa Catarina.. Com informações dadas na época do desaparecimento pelo Corpo de Bombeiros da cidade, o balão teria desaparecido em uma região próxima ao balneário de Penha.
Suspenso por cerca de mil balões, Carli pretendia ficar 20 horas no ar e bater o recorde neste tipo de vôo. Além do novo índice, o padre dizia ainda que iria divulgar a Pastoral Rodoviária, de apoio a caminhoneiros. Mesmo com o céu nublado e pancadas de chuva, o religioso manteve o vôo, mesmo sendo desaconselhado Nos últimos contatos por celular antes de desaparecer, o padre pedia instruções para usar o GPS, um aparelho eletrônico que auxilia na localização.
Em Santa Catarina, as buscas pelo Padre duraram 20 dias, e envolveram 90 homens do Corpo de Bombeiros e contaram com o apoio de empresários e moradores da região, que cederam helicópteros e embarcações usadas para buscar pistas do religioso.
Fonte: Bem Paraná - 30 JUL 08