Sábado, 01 Fevereiro 2025
 

“Enrolação”. É desta forma que o presidente da Delegacia Sindical da Baixada Santista do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, Newton Güenaga Filho, define os quatro meses em que manteve reunião com a direção da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) onde foram tratadas as demissões sem justa causa de engenheiros da empresa, no início deste ano. “Durante esse tempo apresentamos várias propostas para a empresa”.

 

A gota d’água, para o sindicalista, foi a última reunião que ocorreu na manhã do dia 13 último, com o superintendente jurídico da empresa, o advogado Manuel Luis, e o assessor do presidente José Di Bella Filho, o engenheiro André Di Fazio. “Foram mais de oito reuniões, ao longo desses quatro meses, para escutarmos agora que não está mais na alçada da Codesp a decisão sobre o caso das demissões dos engenheiros”.

 

Segundo Güenaga, a empresa vai fazer um relatório técnico sobre o caso e remetê-lo para o Consad  (Conselho de Administração) da Codesp. “Eles nos disseram que está nas mãos do Consad qualquer decisão. Então o que fizemos até agora?”, indaga.

 

O sindicalista lembra que as reuniões entre o sindicato dos engenheiros e a Codesp só foram realizadas a partir de orientação expressa do ministro da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito, que foi acatada pelo Consad no dia 22 de fevereiro último. “Foi determinada a abertura de negociação com o sindicato para tratar das demissões”, destaca Güenaga Filho, para quem a empresa não está cumprindo a palavra do ministro nem a decisão do Consad. “A impressão que tenho é que não saímos do lugar nesses quatro meses, o que prejudicou ainda mais a vida dos demitidos e de seus familiares que viveram esse tempo todo sob a expectativa do retorno. É um absurdo, lamentável”, critica.

 

O sindicato dos engenheiros, informa o presidente da Delegacia Sindical da Baixada Santista, vai encaminhar uma carta para o ministro dos Portos em protesto. “Não podemos ficar quietos mediante tamanho desrespeito”.

 

A entidade vai usar todos os meios jurídicos e políticos para a readmissão dos engenheiros. “Quando a empresa disse que vai fazer um relatório técnico para o Consad, perguntei se eles vão colocar, também, toda a questão política que envolve as demissões. Não vamos deixar barato as demissões e toda essa enrolação que sofremos durante quatro meses”, destaca Güenaga Filho.

 

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Fonte: PortoGente - 17 JUN 08

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