Um recorde para o primeiro trimestre. Foi dessa forma que foram classificados os resultados do balanço do primeiro trimestre de 2008 da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) divulgados ontem, em São Paulo, através de uma teleconferência, após o fechamento do mercado, ocorrido na terça-feira. Participaram da coletiva o gerente de comunicação Coorporativa da CSN, Marcos Barreto; o diretor executivo financeiro, Otávio Lazcano; o diretor executivo de mineração, Juarez Saliba; o diretor comercial, Luís Fernando Martinez; e o diretor de portos, Davi Cade. Com lucro líquido de R$ 767 milhões, frente os R$ 763 milhões do mesmo período do ano passado, a companhia comemorou os resultados obtidos. “Foram números bastante surpreendentes, fortes, positivos. O volume de aço é um recorde para o primeiro trimestre: 1,4 milhão de toneladas, sendo superior a produção do produto em 2007”, declara o gerente de comunicação. Além disso, este resultado, de lucro de R$ 767 milhões, foi 51% superior ao quarto trimestre do ano passado. A receita líquida ficou em R$ 3 bilhões, também um recorde trimestral, sendo 20% superior que no mesmo período do ano passado. MERCADO INTERNO E EXTERNO As vendas no mercado interno representaram 80% do total das vendas, e do mercado internacional 20%. Luís Fernando Martinez salienta que o foco da empresa está no mercado doméstico. “Estamos dedicando todos os esforços para o mercado interno. Se continuarmos crescendo no ritmo dos últimos dois anos vamos ter um problema gostoso de resolver. Uma equação de oferta e demanda favorável para a CSN, em que poderemos selecionar os mercados e as oportunidades de negócios”, ressalta. Os produtos que destacaram no mercado interno foram: folhas metálicas, galvanizados, laminados a quente e laminados a frio. Otavio Lazcano aponta que nos próximos trimestres os recordes com as vendas serão quebrados. INVESTIMENTOS Além da divulgação dos resultados, a CSN anunciou investimentos significativos na área da logística. São investimentos na casa dos U$$ 2,3 milhões na ampliação de sua plataforma logística no Porto de Itaguaí. Este investimento abrange a expansão do Sepetiba Tecon, que é um Terminal de Contêineres, e do Tecar, Terminal de Carvão, além da criação de um centro de apoio logístico e de um porto privativo, chamado de Lago da Pedra. Sobre o Centro de Apoio e o porto privativo, o diretor de portos da CSN ressalta que o projeto tem tudo a ver com a necessidade do país de retro-área. “Os portos estão congestionados. Não existem só problemas na marítima, mas de retro-área, e de grande densidade populacional. Este projeto tem tudo a ver com esta necessidade”, diz. O porto terá investimentos de US$ 1 bilhão e tem previsão para ser finalizado em 2013. O Centro de Apoio logístico de US$ 202 milhões com previsão para cinco anos. O Tecar terá R$ 790 milhões até 2012, e o Tecon U$$ 166 milhões até 2011. Davi Cade informa ainda que com a venda de parcelas de aços da unidade de mineração Namisa reduziria a dívida existente da empresa e possibilitaria uma estrutura de capital saudável para realizar finanças e investimentos anunciados pela siderúrgica. |