O governo quer transformar em polvilho qualquer tentativa da oposição de criar uma CPI para investigar os gastos de autoridades com cartões corporativos. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, chegou a considerar ridícula uma investigação sobre o tema. "O Congresso é quem decide. Mas acho que não é o caso. Imagina convocar um ministro para explicar por que comeu uma tapioca de R$ 8,30. Vai virar a CPI da Tapioca", afirmou. Em sua prestação de contas, o ministro do Esporte, Orlando Silva, declarou gasto de R$ 8,30 na compra de uma tapioca.
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Já o ministro da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, foi mais cauteloso. Disse que a decisão de instalar ou não a CPI depende exclusivamente do Congresso. Ele afirmou que, desde as primeiras notícias sobre irregularidades no uso do cartão, os próprios ministros citados - Matilde Ribeiro (Igualdade Racial) e Altemir Gregolin (Pesca) - pediram para ser investigados.
"A CGU está fazendo a apreciação. Não vamos falar sobre hipótese", afirmou. Além do pedido de apuração feito pelos próprios ministros, a Comissão de Ética Pública do governo e a Casa Civil também solicitaram investigação do caso. Hage informou ainda que tanto Matilde quanto Gregolin já apresentaram justificativas à CGU, mas não quis detalhar os depoimentos. "Estamos apurando", limitou-se a dizer.
Fonte: O Estado de S. Paulo - 31 JAN 08
Bernardo ironiza oposição e fala em CPI da Tapioca
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