Quarta, 12 de março de 2025

RECIFE E SÃO PAULO – A OceanAir vai assumir ao menos parte das operações domésticas da BRA, empresa que há exatamente uma semana anunciou a suspensão de seus vôos e colocou em aviso prévio seus 1.100 funcionários. Ontem à noite, a diretoria da OceanAir reuniu-se com representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em São Paulo. Segundo a assessoria de imprensa da Anac, o encontro serviu para ultimar os detalhes do acordo com a companhia aérea. A princípio, informou a agência, a OceanAir utilizará quatro aeronaves e tripulação da BRA, além de pessoal de terra próprio. A Anac prometeu para hoje os detalhes do encontro.

Ainda ontem à tarde, em coletiva de imprensa, o presidente da OceanAir, German Efromovich, informou que a empresa teria condições de assumir apenas parte das 70 mil passagens emitidas pela BRA, as 27 mil vendidas em pacotes turísticos pela agência de viagens do grupo, a PNX Travel. A assessoria de imprensa da Anac, contudo, ontem à noite ratificou que a reunião em São Paulo foi para detalhar um complemento ao acordo sobre os pacotes, com validade para os próximos 90 dias, o que significa que a OceanAir honrará ao menos uma parte dos 43 mil bilhetes avulsos em vôos regulares da BRA não contemplados nos pacotes turísticos.

Somente no último final de semana, o primeiro com o acordo temporário firmado com a OceanAir, foram transportados 6.182 passageiros da BRA. A medida deve ser repetida no próximo final de semana.

O acordo costurado ontem à noite pela Anac inclui o aproveitamento de tripulantes da BRA para operar os quatro aviões que serão assumidos pela OceanAir. Como os detalhes da ampliação das medidas do governo em conjunto com a empresa não foram divulgados até o fechamento da edição de ontem, ainda não se sabe qual o impacto da medida em termos de crescimento da malha aérea da companhia.

A OceanAir, carioca, tem um quadro de 1.400 funcionários, opera um vôo internacional, para o México, e outras 37 rotas nacionais (domésticas). Na entrevista coletiva de ontem à tarde, Efromovich afirmou que pode assumir até dez aeronaves da BRA.

HISTÓRICO

A BRA e a OceanAir já foram parceiras comerciais. Em maio passado, visando aumentar conjuntamente a competitividade das companhias, as empresas anunciaram que compartilhariam a execução e o resultado das vendas de assentos em determinados vôos. Além de ampliar a oferta de vôos para os consumidores, a iniciativa resultaria em um aumento na taxa de ocupação das aeronaves, já que, nos destinos operados simultaneamente pelas companhias, à época, haveria concentração dos passageiros em vôos de uma delas, com relocação de aviões em rotas com maior demanda.

O objetivo das duas empresas era ampliar, em 12 meses, de 5% para 10% a participação conjunta no mercado doméstico. A parceria não incluía vôos internacionais e teria duração de 24 meses.

O code share, como é conhecido tecnicamente o acordo, durou apenas três meses e foi encerrado no último dia 30 de setembro. O motivo alegado pelas companhias foi que o modelo adotado era incompatível com a forma de gestão das duas empresas.

WEBJET

Desde a última sexta-feira, o presidente da Webjet, Paulo Henrique Coco, declarou ter interesse em assumir as operações domésticas da BRA. Ontem à tarde, segundo a assessoria de imprensa da Webjet, o executivo teria uma reunião na Anac para tratar do assunto. A agência, contudo, não confirmou a informação.

Fonte: Jornal do Commercio - 13 NOV 07

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