Segunda, 03 Fevereiro 2025

O terminal de Nansha, mais recente e moderno do complexo portuário de Guangzhou, tem capacidade para receber simultaneamente 28 navios de grande porte. Já o terminal Huangpu tem 11 berços de atracação para navios de grande porte e ligação por ferrovias.

Em seu primeiro dia de visitas técnicas, neste domingo (14), os empresários que participam da missão empresarial brasileira à China ficaram impressionados com a infra-estrutura logística do país asiático. O grupo, coordenado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), esteve em dois dos terminais do complexo portuário de Guangzhou, o quinto maior do mundo, com movimentação de 300 milhões de toneladas no ano passado.

O terminal de Nansha, o mais recente e moderno do complexo portuário, tem capacidade para receber simultaneamente 28 navios de grande porte e está focado principalmente na movimentação de contêineres. Sua primeira etapa foi construída entre 2002 e 2004, tempo considerado recorde até para os acelerados padrões de crescimento da China, que tem elevado o seu Produto Interno Bruto (PIB) acima de 10% ao ano. Sozinho, o terminal Nansha, movimentou no ano passado o equivalente a 3,2 milhões de contêineres de 20 pés. No mesmo período, o porto de Itajaí, uma das referências brasileiras em cargas deste tipo, ficou em 688 mil contêineres.

Já o terminal Huangpu, mais voltado para carga geral e granéis, é ligado ao sistema logístico da região por ferrovia, embora seja menos moderno. Tem 11 berços de atracação para navios de grande porte. O gerente do terminal, Li Yibo, explicou aos empresários brasileiros que o principal produto movimentado no Huang Pu é o minério de ferro, que abastece a siderúrgica instalada em Guangzhou. O total chegou a 500 mil toneladas entre janeiro e setembro deste ano, das quais 260 mil vindas do Brasil.

Os pesados investimentos em infra-estrutura no Sul da China, capitaneados pelo governo, dão suporte à acelerada expansão da indústria de Guanghzou, que tem entre os principais produtos os eletroeletrônicos, material de construção, cerâmica, confecção e calçados, além de móveis. "Chega a ser contraditório que nesta economia, chamada de socialista de mercado, os investimentos acontecem numa velocidade maior do que no Brasil, considerado um país de economia mais liberal", diz o vice-presidente da Fiesc Astor Kist, que chefia a missão ao lado do empresário Arnaldo Huebl, também vice-presidente da instituição. "Aqui enxergamos, na prática, como é trabalhar sem o ’’Custo Brasil’’. A carga tributária é menor e as obras são planejadas e executadas dentro do prazo, atendendo às necessidades de quem investe na produção", avalia Huebl.

Os 75 integrantes da missão empresarial que embarcou na quinta-feira (11) para a China participam a partir desta segunda-feira (15) da China Import and Export Fair, novo nome da Feira de Cantão, a maior da China, em Guangzhou. Ela é realizada duas vezes por ano e recebeu em sua última edição 14.430 expositores no pavilhão nacional e 314 no pavilhão internacional. A programação da semana ainda prevê visitas técnicas a fábricas de diversos setores.

Fonte: Fiesc -  17 OUT 07

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