Segunda, 03 Fevereiro 2025

As investigações da 58ª DP (Posse) lançam suspeitas de falha humana sobre um controlador da Supervia ou o maquinista do trem que carregava passageiros como causa do acidente ferroviário que deixou oito mortos e 101 feridos no dia 30 de agosto, na estação de Austin, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

O maquinista da composição com passageiros, Norival Ribeiro Nascimento, 54 anos, confirmou em depoimento à 58ª DP (Posse) que o sinal da estação de Austin estava vermelho para ele. Suspeita já levantada na perícia feita pela polícia.

“Segundo ele, foi iniciado o processo de frenagem quando viu a composição. Vem uma outra discussão quanto à velocidade adequada do trecho. Mas, isto eu só vou analisar com a chegada do laudo”, disse o delegado Fábio Pacífico, titular da delegacia da Posse.

Nesta quarta-feira (5), os depoimentos cruciais para a resolução do caso foram tomados na opinião do delegado. Os maquinistas dos dois trens e o controlador foram ouvidos.

Momento do freio sob suspeita
O laudo da perícia deve ser entregue em até 30 dias. A hipótese mais provável da polícia é de que o maquinista do trem de passageiros deveria ter iniciado o processo de frenagem entre a estação de Comendador Soares e Austin para que não se chocasse com a outra composição.

Pelo depoimento do controlador da Supervia, Edson Assunção, a composição com passageiros deveria ter freiado ao avistar o sinal de linha amarelo, que fica localizado a cerca de 1,5km da estação de Austin. Entretanto, Nascimento diz que havia sinal verde.

Maquinista de trem vazio não errou
Na direção oposta, o condutor da máquina de teste Wellington Barros respeitou a sinalização passada pelo Centro de Controle Operacional da Supervia, de acordo com as investigações. A polícia aguarda esclarecer se o controlador Edson Assunção fez os cálculos operacionais corretos, e não errou na sinalização passada para ele.

A parcela de responsabilidade pelo acidente do maquinista do trem de passageiros e do controlador da Supervia só vai ser atribuída com a chegada do laudo, disse o delegado, que afirmou ter havido falha humana como causa do acidente. O maquinista da composição em teste, Wellington Barros é tratado somente como testemunha.

Freios funcionavam perfeitamente, diz delegado
A hipótese levantada pelo sindicato de que o trem dos passageiros estava sem o funcionamento de um dos freios foi descartada pelo delegado.

“O próprio maquinista, que poderia dizer isso, falou que o trem funcionava perfeitamente”, disse Pacífico.

Fonte - G1 - 06 SET 2007

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