Segunda, 03 Fevereiro 2025
Carlos Slim, cujo monopólio no setor de telefonia no México o ajudou a se tornar o homem mais rico do mundo, está usando brechas legais para incorporar clientes no mercado brasileiro, que apresenta crescimento mais acelerado do que o mexicano.

Após investir US$ 2,76 bilhões nos últimos três anos no Brasil, Slim conseguiu abocanhar vendas da empresa de telefonia dominante em São Paulo, a Telefônica. Agora, a empresa entra na disputa pelos serviços de triple play no Estado de São Paulo, via DTH, cabo e MMDS, com a compra das empresas DTHi e TVA - o que ameaça a hegemonia da Net nesse mercado. "Slim viu a grande oportunidade de negócios no Brasil e foi atrás dela", disse Arthur Barrionuevo Filho, professor de Administração da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo e especialista em telecomunicações. "A Telefónica chegou atrasada e ainda não conseguiu equiparar esse tipo de oferta".

Slim não precisa criar um outro monopólio no Brasil, país que é o quinto maior do mundo em extensão territorial. Até mesmo o controle de uma pequena parcela do mercado de telecomunicações do País se traduziria em aumento dos lucros. No ano que vem, o Brasil poderá responder por 26% da receita da Teléfonos de México SAB (Telmex), de Slim, contra os 19% de 2005, disse Rodrigo Ortega Salazar, analista do BBVA Bancomer no México.

Ao adquirir operadoras de longa distância falidas e uma participação na principal operadora de tevê a cabo do Brasil, o bilionário de 67 anos criou uma divisão brasileira que está crescendo ao dobro do ritmo de sua controladora mexicana.

Após três anos operando no Brasil, as vendas alcançaram R$ 2,9 bilhões no trimestre passado e os lucros obtidos no País poderão ajudar a impulsionar alta de 25% nos papéis da empresa até o final do ano, diz Salazar. Até ontem, as ações da Telmex haviam valorizado 22%.

Fonte: DCI - 24 AGO 2007
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