Mesmo durante o período de definição e discussão sobre os valores a serem praticados, a administração do porto já estava praticando a nova tabela desde o último dia 1o de agosto. A decisão beneficia, diretamente, com taxas mais competitivas, os empresários da cadeia de fruticultura do Vale do São Francisco interessados em exportar, especificamente, manga e uva.
De acordo com o diretor de novos negócios, Sidnei Aires, os novos valores tornam o porto mais competitivo no mercado e devem evitar a perda de operações para os estados da Bahia e do Ceará, principais concorrentes no Nordeste. “O objetivo é tornar as tarifas em Suape mais atrativas do que as cobradas, hoje, em portos como o de Pecém, em Fortaleza, e o de Salvador”, explicou. Segundo Aires, a redução das tarifas foi planejada para atender o início da safra de frutas e permanecerá, experimentalmente, até 31 de dezembro.
O executivo informou, ainda, que a redução poderá ser maior, caso os armadores (proprietários dos navios) diminuam o valor das taxas cobradas aos exportadores. A expectativa é de que o valor da redução possa até dobrar. Somente nesta primeira etapa, os exportadores do Vale do São Francisco contabilizam redução média de R$ 312,00 reais por contêiner, resultado da diminuição da taxa por utilizar um porto certificado pelo sistema de segurança ISPS Code (R$ 20,00), da taxa portuária (R$ 17,00) e do desconto de 5% no frete sem seguro negociado com as empresas de transporte rodoviário (que cobra R$ 200,00 em média).
Redex
Suape também está se articulando com outros órgãos federais, como a Receita Federal e o Ministério da Agricultura, para criar Zona de Facilitação de Exportação - Redex, em Petrolina. No local, será feita a liberação da carga pela Receita Federal e a inspeção do Ministério da Agricultura. “Na prática, avaliou Sidnei Aires, a iniciativa vai evitar que os exportadores paguem taxas pelo manuseio da carga no porto, além de garantir a integridade do produto e rapidez no embarque”.
Fonte: Diário Oficial de Pernambuco - 24 AGO 2007
