“O País também se consolidou como centro de distribuição da cocaína colombiana e boliviana para os principais mercados consumidores”.
Relatório do Escritório da Organização das Nações Unidas (ONU) contra Drogas e Crimes, junho de 2007.
Dois pontos negativos do relatório do Escritório da Organização das nações Unidas (ONU) contra Drogas e Crimes, divulgado recentemente, com relação ao nosso País: ao contrário da tendência mundial, o consumo de drogas aumentou por aqui; e estamos nos tornando, na América Latina, o centro distribuidor de cocaína para mercados consumidores, principalmente Estados Unidos e países da Europa.
Aponta o relatório:
“A principal rota do tráfico ainda vai da região andina à América do Norte. O Caribe tem diminuído sua participação como zona de transporte da cocaína aos EUA. A Europa é segundo destino mais importante da cocaína andina. A Colômbia é o país fonte da cocaína, tendo Peru e Bolívia freqüentemente citados por países europeus como fontes da droga apreendida. O país mencionado com mais freqüência na rota para a Europa foi a Venezuela, seguida do Equador e do Brasil”.
E ainda:
“Carregamentos para a Espanha têm sido freqüentemente registrados com origem na Venezuela, Brasil e outros países incluindo Equador, República Dominicana, Argentina e México”.
E mais:
“Os países mais citados da rota da cocaína que sai da América do Sul para a Europa via África são Brasil (mais citado que a Colômbia), Peru e Venezuela. Autoridades na Guiné estimam que cerca de 60% da cocaína que chega ao país vem do Brasil e 40% vêm direto da Colômbia”.
Uma triste constatação que merece atenção (re)dobrada das nossas autoridades. Como essas drogas entram e saem do País? Quais as rotas brasileiras – por mar, terra e ar – por onde “caminha” o comércio das drogas?
Descobrir e desmontar esse aparato ilícito é tarefa para todos os níveis de governo, no Brasil. Todos os olhos, portanto, nas “portas” brasileiras, como os portos.
Fonte: PortoGente - 13 JUL 07
